sábado, 19 de abril de 2014

Dia do Índio: cidadania, não apito!


Hoje é Dia do Índio, criado por Getúlio Vargas. Dia para que toda elite branca culpada se penitencie por suas conquistas materiais e, com isso, torne-se presa fácil para os oportunistas de plantão, que falam em nome das “minorias”, mas agem em benefício próprio.

Não, eu não estou aqui negando que os índios sofreram no passado. Longe de mim! Estou apenas constatando que toda a história maniqueísta e revisionista, que trata o homem branco ocidental como “malvado” e os índios como vítimas puras e indefesas, não passa de balela, uma mentira que serve aos interesses de muita gente.

Mas a maldita ideia de “bom selvagem”, divulgada por Rousseau, sobrevive, e ainda conquista muitas almas. “Ah, como os índios viviam em paz com a natureza e sem a corrupção capitalista!” Nada disso. Viviam como selvagens, bárbaros, que destruíam a natureza por ignorância científica, ateando fogo na mata toda, e se matavam entre si, sem falar de práticas nefastas como o infanticídio, existentes até hoje em algumas tribos remanescentes.

Sad, but true, como diria o Metallica. Mas a questão indígena cai como uma luva na narrativa dos esquerdistas que lideram a “marcha dos oprimidos”. Tudo para condenar o capitalismo, o homem branco ocidental malvado, explorador, cruel, insensível. E, claro, demandar reparações, muitas reparações, intermediadas pela corrupta Funai, porque ninguém é de ferro.

Em sua coluna de hoje na Folha, Kátia Abreu fala do Dia do Índio, defendendo que o povo indígena merece cidadania, não apito. Devemos olhar para frente, não para trás. Há algo de cruel e arrogante no tratamento que a elite culpada dá aos índios, vistos como mentecaptos, inimputáveis, seres inferiores que merecem sua nobre proteção, algo como bichos num zoológico humano.

Não! Índios são brasileiros, a maioria totalmente adaptada ao ambiente cultural, e devemos lutar por um Brasil sob o império das leis, ou seja, que trate cada um da mesma forma, como cidadão. Criar duas nações segregadas dentro do mesmo país, a nação indígena e a nação dos brasileiros, é absurdo. Diz a senadora:

Basta escutar a demanda dos indígenas de nosso país e observar suas precárias moradias para ter ciência de que não querem, nem pretendem, voltar a uma era pré-Cabral. Querem ser brasileiros indígenas, índios cidadãos, e não constituir isoladamente uma nação dentro da nação brasileira, que é de todos nós.
De outro lado, a Funai deveria parar de incitar o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) a travar uma luta contra o agronegócio, o lucro, a economia de mercado e os produtores rurais, como se esses fossem os verdadeiros responsáveis pelos atuais conflitos agrários envolvendo demandas indígenas.
Não é mais possível que índios sejam os instrumentos de tais políticas, sendo eles, da mesma maneira que os empreendedores rurais, vítimas de uma situação que os ultrapassa.

Concordo. Não há como discordar! Os índios, como abstração, viraram apenas instrumento de uso ideológico ou monetário para alguns, e os índios de carne e osso sofrem as conseqüências, vivendo em favelas rurais, abandonados, tratados como cidadãos de segunda classe. Os líderes enriquecem, os corruptos do governo também, e a maioria vive na miséria.

Kátia Abreu conclui: “A injustiça não pode ser acobertada ideologicamente pelos que visam a destruir a economia de mercado e o Estado democrático de Direito, transformando indígenas em meros instrumentos de seus projetos políticos”. Eis uma homenagem realmente louvável aos índios no dia de hoje, bem melhor do que vestir o filho com um cocar e achar que, assim, os “brancos malvados” redimiram seus pecados de séculos atrás.


*RODRIGO CONSTANTINO é um economista e colunista brasileiro. Foi articulista da revista "Voto" e escreve regularmente para os jornais "Valor Econômico" e "O Globo". A partir de agosto de 2013, passou a escrever também para a revista semanal "Veja". Presidente do Instituto Liberal3 e um dos fundadores do Instituto Millenium, foi considerado em 2012 pela revista Época, como um dos "novos trombones da direita" brasileira.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Apartidarismo: Filosofia do DCE Livre toma conta das Universidades

Por Gabriel Afonso Marchesi Lopes*

O Movimento Estudantil Liberdade foi fundado em 2006 por estudantes da UFRGS que não se sentiam representados pelo grupo, ligado ao PSOL e ao PSTU, que estava, na época, no comando do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS. O principal problema, conforme foi verificado, advinha justamente do fato daquela gestão ser ligada a partidos políticos, o que fazia com que os interesses partidários sobrepujassem os reais interesses dos estudantes. Assim, naquele ano foi lançada a primeira chapa de cunho apartidário da história da UFRGS, que tinha como lema “Um DCE para Estudantes, não para Militantes!” e se chamou DCE Livre.

Hoje, passados mais de 8 anos da fundação do Movimento Estudantil Liberdade, a idéia do DCE Livre, que era libertar a entidade máxima dos estudantes da UFRGS dos grilhões partidários e, com isso, voltar ao seu foco inicial, ou seja, atender as necessidades dos estudantes e não as necessidades dos partidos políticos, se espalhou pelas principais Universidades do país. O ideal do apartidarismo, que nasceu no DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade, agora encontra guarida e serve como base para grupos semelhantes na PUCRS, FURG, UnB, USP, UFRJ, UFMG, entre outras.

Esta ideia, da desvinculação partidária das entidades estudantis, não é um fim em si mesma, isto é, o objetivo não é meramente o afastamento dos partidos políticos, mas uma proposta de mudança de foco dos órgãos discentes com priorização da busca por benefícios concretos aos estudantes e defesa da excelência acadêmica como melhor forma de ensino, que é aquele voltado aos interesses acadêmicos e não o que se propõe a defender políticas do Governo Federal ou ideologias de partidos políticos.

Um conhecido provérbio diz que “Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas na tua própria casa”. A filosofia do apartidarismo não pressupõe a completa aversão às questões conjunturais e macroeconômicas que permeiam as principais bandeiras dos partidos políticos, mas sim a sua não priorização frente às dificuldades e demandas locais do estudantado. Dessa forma, antes de sair às ruas para defender pautas partidárias a nível municipal, estadual ou federal, as entidades estudantis devem trabalhar para sanar os problemas daqueles que elas representam, os estudantes, que muitas vezes são prejudicados pela falta de respaldo em relação às questões curriculares, à quebra de pré-requisitos, problemas para conseguir estágio ou bolsa, falta de infra-estrutura e salas mal equipadas, problemas nos restaurantes universitários, etc...

Portanto, ao ter seu fim no próprio estudante, a entidade estudantil que adota o apartidarismo, no modelo proposto pelo Movimento Estudantil Liberdade, passa a trabalhar por uma formação de qualidade através de ações concretas, buscando compreender e solucionar os problemas dos estudantes, bem como, a promoção da aproximação entre os corpos docente, discente e administrativo da Universidade. Dessa forma, o apartidarismo se torna a melhor filosofia para aqueles que se preocupam e querem representar com seriedade e dedicação os interesses dos estudantes.


*GABRIEL AFONSO MARCHESI LOPES é Atuário e Estatístico pela UFRGS. É acadêmico do Bacharelado em Matemática e da Pós-Graduação em Perícia e Auditoria na UFRGS. É fundador do Movimento Estudantil Liberdade e foi Representante Discentes na Comissão de Graduação em Estatística, no Departamento de Estatística e no Conselho do Instituto de Matemática da UFRGS. Não é filiado a partido político.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Se defendes o que defendo e propões o que proponho, estou contigo!

NOTA DE APOIO DO DCE LIVRE - MOVIMENTO ESTUDANTIL LIBERDADE À CHAPA 5

O DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade, através do presente, manifesta apoio à Chapa 5 – DCE Apartidário – Movimento Apartidário dos Estudantes que disputa as eleições para o Diretório Central dos Estudantes da PUCRS, nas eleições que ocorrerão nos próximos dias 14 e 15 de abril.

O Movimento Estudantil Liberdade foi o precursor na defesa dos apartidarismo dentro das entidades de Representação Discente. Fundado em 2006, por estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob a égide “Um Movimento Estudantil pra Estudantes, não para militantes” construímos uma série de valores e princípios que entendemos serem fundamentais para entidades estudantis, de forma que as mesmas sejam mais representativas possíveis e trabalhem em prol dos estudantes e não de órgãos externos e estranhos à Academia.

Assim, os Princípios e Valores do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade são:

1 – Pluralidade;
2 – Transparência;
3 – Movimento Estudantil de Resultados, com busca de benefícios concretos aos estudantes;
4 – Defesa da Excelência Acadêmica;
5 – Ensino voltado para o Empreendedorismo;
6 – Respeito à Propriedade Privada, às Leis, à Ordem e à Democracia;
7 – Defesa do Estado Democrático de Direito;
8 – Defesa da Liberdade como valor universal e fundamental do ser humano.

A Chapa 5 – DCE Apartidário – Movimento Apartidário dos Estudantes, assume como seus princípios e valores:

1 - O pluralismo, entendido como o respeito às diferentes formas de pensamento, o combate à intolerância e a atuação democrática nas entidades estudantis; 
2 - A transparência, com a realização periódica de prestação de contas na gestão das entidades estudantis, como fator importante para a representatividade destas; 
3 - O movimento estudantil de resultados, com a busca de benefícios concretos aos estudantes como um dos objetivos das entidades estudantis representativas; 
4 - A busca  da excelência acadêmica como forma de melhoria do ensino; 
5 - A busca de um ensino voltado aos interesse dos estudantes; 
6 - A defesa da democracia, do Estado de Direito e das garantias fundamentais; 
7 -A defesa da Liberdade como valor universal e fundamento da dignidade humana.

Assim, não há dúvidas de que o grupo partilha dos mesmos princípios e valores abraçados pelo Movimento Estudantil Liberdade.

Além disso, a Chapa 5 apresenta uma série de propostas para os estudantes que possuem grande similaridade com aquilo que o DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade tem proposto para a UFRGS nos últimos anos.

Em relação à Representação Discente, a Chapa 5 defende, entre outras propostas:
- Maior participação dos alunos nas decisões do DCE, através de consultas eletrônicas; 
- Eleições pela internet via Moodle; Site do DCE, Facebook e demais redes sociais para informar os estudantes das atividades da entidade; 
- Compromisso da nossa chapa de comparecer em todas as reuniões de todos os conselhos da PUCRS; 
- Defesas dos direitos acadêmicos dos alunos (planos de ensino, provas de recuperação, exames); 
(Clique aqui para visualizar as propostas do DCE Livre - Movimento Estudantil Liberdade para Representação Discente e aqui para visualizar as propostas para Transparência)

Quanto à Infra-estrutura, a Chapa 5 também defende, entre outras propostas:
- Defesa de um aumento pleno da Segurança nos campi da PUCRS, mais iluminação, câmeras e reforço no policiamento; 
- Instalação de pontos de água quente; 
- Aumento nas vagas dos bicicletários; Luta por instalação de ciclovia pelo menos até a PUCRS; 
- Melhorar iluminação do campus; 
- Melhoria do wifi em toda universidade e internet em rede aberta; 
- Acessibilidade para cadeirantes no RU e nos auditórios/teatros e afins; 
- Melhores vagas para cadeirantes e idosos nos estacionamentos; 
- Expansão das vagas no estacionamento descoberto.
(Clique aqui para visualizar as propostas do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade para Infra-Estrutura e aqui para visualizar as propostas para Segurança)

Na parte de Eventos e Esportes, entre outras propostas, a Chapa 5 defende:
- Realização de uma Semana Acadêmica multidisciplinar, envolvendo temas da  atualidade de interesse a todos os cursos; 
- Serie de palestras voltadas ao empreendedorismo; 
- Incentivo à feira de oportunidades em cada curso; 
- Série de palestras voltadas ao desenvolvimento do espírito empreendedor; 
- Criação de mais atléticas na PUC-RS; 
- Organização de Campeonatos desportivos entre os Cursos da PUCRS; 
- Parque esportivo acessível a todos os alunos, com tarifa diferenciada
(Clique aqui para visualizar as propostas do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade para nas áreas de Arte, Cultura e Esporte)

Por fim, a Chapa 5 defende para as áreas de Assistência Estudantil e Ensino, entre outras propostas:
ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
- Defender a melhoria da qualidade dos RU e a redução no preço.
- 1ª via do TRI de graça
- Banco de vagas de estágios
- Criação e virtualização de murais de estágios
(Clique aqui para visualizar as propostas do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade para Assistência Estudantil)

ENSINO
- Pesquisa para avaliar os fatores causadores da evasão escolar.
- Defender a criação de políticas de combate à evasão escolar e repetência.
- Defender currículos voltados a áreas de interesse dos alunos.
- Defesa da excelência acadêmica.
- Exigir o uso da infraestrutura existente para cursos noturnos.
- Defender a criação de políticas de estímulo de plataformas virtuais de ensino.
- Realização de campanhas de orientação acadêmica aos alunos.
(Clique aqui para visualizar as propostas do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade para Excelência Acadêmica)

Assim, como não podia ser diferente, considerando que a Chapa 5 possuí os mesmos princípios e valores do DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade, bem como, tem as mesmas propostas que nós para os estudantes, manifestamos nosso apoio à Chapa 5 – DCE Apartidário – Movimento Apartidário dos Estudantes.

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