sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cadê o Suco, Magnífico Reitor?

Muitos estudantes olham para os cartazes “Informamos que hoje não será servido suco no RU” e pensam: “Será que amanhã haverá suco?”. Outros, que entraram após 2010, ao se deparar com os fatídicos cartazes refletem “Já houve suco no RU?”. Para alguns, ouvir dos veteranos histórias nostálgicas e engraçadas sobre o suco de tamarindo que parecia de limão e tinha gosto de laranja é quase equivalente à ouvir de seus pais sobre o passado, não tão distante, onde usava-se canetas Bic para ajeitar a fita magnéticas das fitas K7, episódios que talvez queriam ter vivenciado, mas que jamais fez parte de suas vidas.

Não usamos mais a combinação bic+k7, pois os sistemas de armazenagem de áudio evoluíram e melhoraram. Também não temos mais sucos no RU, mas nesse caso não houve nenhuma melhora, muito antes pelo contrário, o que houve foi descaso por parte da gestão de Carlos Alexandre Netto à frente da Reitoria da UFRGS, que acabou deteriorando um serviço tão importante para os estudantes.

Em 2009, pagávamos os R$0,30 e tínhamos nossa bebida, que talvez não fosse a melhor, mas nos satisfazia. Atualmente, temos água (às vezes, quando os bebedouros não estão quebrados) e nos servimos com os tradicionais copos de plástico (quando os mesmos também não estão em falta). A situação decaiu muito nos últimos dois anos.

Ainda podemos limpar nossas bocas com os guardanapos de papel, talvez uma ou duas vezes por mês, já que a gestão do Alex também parece considerar este artigo um mimo de luxo, não o disponibilizando todos os dias. Mas o Magnífico e sua administração sabendo da falta de guardanapos para limparmos nossas bocas sujas com feijão, vejam só, pararam de servir o feijão, como ocorreu essa semana no RU do Campus Central. Uma tacada de mestre!

Diante disso, uma dúvida permeia nossa mente: Quantas vezes o Reitor almoçou ou jantou no RU durante esses 4 anos? Vejam, uma vez ele já foi, na inauguração do RU da ESEF. Além dessa inauguração, houve também outra, da ampliação do RU do Vale, cuja placa comemorativa foi descerrada no próprio... epâ!.. no auditório da Secretaria de Educação à Distância. Mas é claro! É querer demais que o Magnífico coma duas vezes no RU em uma única gestão, não é mesmo?

Sejamos justos, talvez não seja descaso, mas, na verdade, uma alternativa administrativa ao aumento do preço da refeição. Ora! Alex não quer aumentar os preços, então corta os produtos e itens à disposição. O preocupante é que logo ele pode concluir que chegará ao custo mínimo fechando as portas dos restaurantes, afinal, fechar o RU não seria nada para quem proibiu os estudantes de falarem em suas formaturas (tradição de muitos anos dentro da Universidade).

Enfim, de tudo isso só podemos dizer: Magnífico, e aí, cadê o nosso suco?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

“Ajudinha” que só atrapalha? Professores exigem menos de estudantes das minorias raciais

Por Natasha Romanzoti*

Um novo estudo descobriu que as minorais raciais podem estar recebendo feedbacks mais positivos e menos críticos de seus professores. Seria essa uma maneira de “compensar” outros preconceitos?

A pesquisa foi conduzida nos estados americanos de Nova York, Nova Jérsei e Connecticuti. Os cientistas analisaram 113 professores brancos de escolas de ensino fundamental e médio de locais variados, como escolas públicas, bairros majoritariamente brancos, ou racialmente mistos, etc.

O estudo concluiu que os professores dão um feedback (uma correção) menos crítica a estudantes negros ou latinos, em comparação aos brancos. Claro que esse feedback é útil e tem a intenção de ajudar o aluno, mas ainda assim, o maior problema é que, por não serem mais “duros”, eles podem impedir um maior crescimento por parte de alunos da minoria racial.

“As implicações sociais destes resultados são importantes. Muitos estudantes minoritários podem não estar recebendo conselhos de seus instrutores que estimulem o crescimento intelectual e promovam realizações”, disse o pesquisador Kent Harber, professor de psicologia.

Ou seja, a falta de crítica pode fazer com que os alunos da minoria racial pensem que o que eles fizeram está bom, que não precisam melhorar, ou, pelo menos, não serve de estímulo para que a pessoa cresça mais intelectualmente.

Em um trabalho de igual mérito, feito por estudantes brancos, negros e latinos, os primeiros são mais estimulados, ou seja, recebem mais crítica para que possam fazer melhor, e os últimos recebem mais elogios. Isso pode explicar a diferença entre esses grupos (porque negros e latinos têm um “desempenho pior”).

O estudo

Os pesquisadores deram um trabalho feito por eles para os professores corrigirem, que estava mal escrito. Em alguns casos, eles disseram que um estudante branco o tinha feito, em outros, que um negro ou latino tinham feito o trabalho. Os professores tinham que corrigi-lo, e sua correção iria diretamente para o “aluno”.

Com as correções em mãos, os pesquisadores perceberam que os professores eram propensos a elogiar e menos propensos a criticar o trabalho se acreditavam que um estudante minoritário o tinha escrito.

Entre os fatores que influenciavam esse padrão, estava o apoio que o professor recebia de colegas e da administração da escola. No caso de um estudante negro, os professores que não tinham apoio eram mais propensos a “pegar mais leve”. No entanto, quando os professores pensaram que o estudante era latino, o fato de terem apoio não importou: eles mostraram a tendência de um feedback positivo do mesmo jeito.

O pesquisador acredita que isso tem consequências não só nas escolas americanas (e, se a mesma atitude for verdade em outros países, em escolas do mundo todo), mas também no mercado de trabalho.

Os governos têm procurado diminuir a lacuna de desempenho escolar entre os brancos e as minorais raciais. No Brasil, por exemplo, existe o sistema de cotas que ajuda estudantes de escolas públicas, negros e outros a conquistarem lugares nas universidades. Porém, de que adianta tudo isso, se eles não estiverem recebendo o mesmo tratamento?

Segundo Harber, essa atitude dos professores pode “inverter sucessos sociais conquistados através de legislação, jurisprudência, e mudança de atitudes culturais” em relação às minorias.

As tentativas de resolver essa diferença de desempenho escolar (como desigualdades no financiamento, racismo, etc) precisam levar em conta também a natureza do feedback instrucional dos professores brancos para estudantes de minorias.

A conclusão que fica é: os professores podem estar interferindo no futuro dos estudantes minoritários ao não exigirem deles o mesmo que de estudantes brancos. Se você é professor, vale uma reflexão.[LiveScience, ScienceDaily]


*NATASHA ROMANZOTI é jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná.

sábado, 19 de maio de 2012

Aniversário do Presidente do DCE Livre da UFRGS

Marchesi em Campina da Lagoa

Nesta semana comemorou-se o Aniversário do Presidente do DCE Livre da UFRGS e Fundador do Movimento Estudantil Liberdade Gabriel Afonso Marchesi Lopes

Marchesi nasceu em Cascavel, oeste do Paraná, no ano de 1985. Ainda pequeno, mudou-se com seus pais, o Historiador e Geógrafo Flávio Afonso Lopes e a Artista Plástica Elza Marchesi Lopes, para Campina da Lagoa, que à época tinha cerca de 5 mil habitantes.

Em Campina da Lagoa, seus pais eram professores vinculados ao Estado do Paraná e costumavam levá-lo ainda bebê para as aulas. Assim, desde muito cedo teve contato com o ambiente de ensino público, crescendo em meio a professores e alunos.

Iniciou seus estudos na Escola Municipal Maria Noemia Sena Lopes, onde cursou os quatro primeiros anos do ensino fundamental. Da 5ª à 8ª série do 1º grau, estudou no Colégio Estadual Alberto Santos Dumont.

Em 1999, sua família se muda para Campo Mourão, onde cursa a 8ª série e termina seu ensino fundamental no Colégio Estadual Dr. Osvaldo Cruz. Em média, suas notas no Ensino Fundamental foram 87,17 em Português, 90,17 em Matemática, 93,5 em História, 93,5 em Geografia, 91,5 em Ciências Físicas e Biológicas, 75,80 em Educação Física e 78,20 em Educação Artística.

No ano de 2000, através de concurso vestibular, ingressou no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR), onde, além das disciplinas básicas do 2º Grau, teve disciplinas de Economia e Empreendedorismo e de Filosofia.

Durante a VI EXPOTEC, Exposição de Trabalhos Técnicos do CEFET, em 2001, apresentou o trabalho Intitulado “Clube de Ciências de Biologia e Química” na classe Projeto/Planejamentos.

Durante o ano de 2002, presta vestibular em várias instituições de ensino, sendo aprovado em 2º lugar no vestibular para Zootecnia, na Universidade Estadual de Ponta Grossa, em 1º lugar no curso de Bacharelado em Química na Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná e, finalmente, no curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde decide dar continuidade aos seus estudos.

Durante a graduação, no ano de 2005, a pedido de seus colegas, lança-se candidato a Presidente do Diretório Acadêmico de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais, onde obtém razoável percentual de votos, porém estas eleições são anuladas por falta de quorum. Com vistas a buscar soluções para o problema da baixa participação dos estudantes nas eleições, integra a Comissão que elaborou o estatuto do Diretório Acadêmico naquele ano.

Encontro do MEL com o Vice-Governador Paulo Feijó e
com o Senador Marco Maciel
Em 2006, junto com Anderson Gonçalves (acadêmico de Ciências Contábeis), Nádia Lopes (Acadêmica de Ciências Econômicas), Oliver Linchen (acadêmico de Ciências Econômicas) e Régis Antônio Coimbra (acadêmico de Direito), funda o Movimento Estudantil Liberdade, que anos mais tarde se consolidaria como o maior grupo organizado de estudantes da UFRGS.

Forma-se no ano de 2007, exercendo a função de Presidente da Turma de Formandos de Ciências Atuariais e sendo escolhido por seus colegas como Orador da Turma.

Bacharel em Ciências Atuariais
No ano de 2008, presta novo vestibular para a UFRGS e é aprovado no Bacharelado em Estatística. Neste mesmo ano, começa estagiar no Hospital Mãe de Deus, por onde, no ano seguinte, publica seus primeiros artigos científicos no IX Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde.

Ainda, neste ano, foi fiscal durante as eleições para a Reitoria da UFRGS, atuando pela chapa da professora Wrana Panizzi, que obteve 3.977 votos entre os estudantes sendo a mais votada nesta categoria.

Em 2009, volta-se novamente para a área acadêmica, onde começa atuar como Monitor Acadêmico na disciplina de Estatística Demográfica. Ainda, disputa as eleições para Conselheiro no Colegiado do Departamento de Estatística da UFRGS, sendo eleito para o exercício 2009-2010.

No final de 2009, após o término do programa de monitoria, ingressa como bolsista na Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE/RS), onde, com bolsa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), participa da pesquisa sobre Rentabilidade por unidade de área e potencial multiplicativo das atividades da agropecuária familiar na região sul do Brasil entre 1996 e 2006.

No ano seguinte, tem seu trabalho no Colegiado do Departamento de Estatística da UFRGS reconhecido e, por isso, é reeleito para o exercício 2010-2011, sendo também eleito membro da Comissão de Graduação em Estatística e membro do Núcleo de Avaliação da Unidade do Instituto de Matemática. Além desses cargos, também é eleito Conselheiro no Conselho do Instituto de Matemática da UFRGS, mais alto órgão da administração interna daquele instituto.

Reconhecido por sua honestidade e seriedade é indicado pelo Conselho do Instituto de Matemática para compor a Comissão responsável pela eleição do Vice-Diretor do IM, onde defende as eleições através do Portal do Aluno. Além disso, também é eleito delegado no XIX Encontro Nacional de Estudantes de Estatística, onde representou os estudantes da UFRGS.

Durante o Censo 2010
Na segunda metade do ano, atuou como Monitor Acadêmico da disciplina de Estatística Geral I e disputou as eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS através da Chapa DC’És – Singular, Plural e Coletivamente. Além disso, trabalhou como Recenseador para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Iniciou 2011 atuando como Fiscal no Concurso Vestibular da UFRGS. Na representação discente, apresentou os seguintes projetos:

- Obtenção de salas para os monitores acadêmicos;
- Implantação de uma creche para os filhos de estudantes;
- Extensão dos benefícios da Secretaria de Assuntos Estudantis (SAE) para os estudantes ingressos através da Permanência;
- Aceleração e conclusão das obras de ampliação do Restaurante Universitário do Campus do Vale;
- Sistema de Vale-Refeição para os estudantes carentes, de forma que possam utilizar os restaurantes no entorno do Vale, ajudando também a diminuir as filas dos Restaurantes Universitários;
- Instalação e Manutenção da Iluminação entre os corredores do Campus do Vale;
- Financiamento para participação dos estudantes de Estatística no XX ENESTE (Encontro Nacional de Estudantes de Estatística), Maringá;
- Financiamento para participação dos estudantes de Estatística no I CONBRATRI (Congresso Brasileiro de Teoria de Resposta ao Item), Florianópolis;
- Defesa do Direito do Discurso de Formatura;
- Vacinação contra a Gripe Comum para os estudantes da UFRGS;
- Auditoria nos Restaurantes Universitários da UFRGS.

Ainda, no primeiro semestre de 2011, apresentou trabalho no 6º Salão de Ensino de Graduação e Pós-Graduação da UFRGS.

Marchesi junto com Margaret Tse, do Instituto
Liberdade, no XXV Fórum da Liberdade
No segundo semestre, começou atuar em sua terceira monitoria, dessa vez na disciplina de Estatística Geral II, através de onde foi reconhecido como um dos mais experientes monitores do Instituto de Matemática. Ainda, assumiu a presidência do Movimento Estudantil Liberdade e disputou as eleições para o DCE da UFRGS através da chapa DCE Livre: O Estudante em 1º lugar! (nome que fazia alusão à 1ª chapa do MEL, que disputou as eleições de 2006).

Em 2012, novamente foi selecionado para atuar no Concurso Vestibular da UFRGS e, assim como vem fazendo em todos os primeiros semestres de cada ano desde 2009, está atuando como Monitor Acadêmico de Estatística Demográfica, trabalho no qual se sente muito gratificado, pois pode atuar como canal e multiplicador do conhecimento em defesa da Excelência Acadêmica.

Assim, Gabriel Afonso Marchesi Lopes segue como exemplo de estudante sério e dedicado, que consegue conciliar seus estudos e sua atuação na defesa e representação dos estudantes.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Site Oficial do DCE Livre atinge os 13 mil acessos

Clique na imagem para ampliar
O site oficial do DCE Livre da UFRGS atingiu a marca dos 13 mil acessos e acumula no mês de maio 3.392 acessos e 5.483 acessos nos últimos 30 dias, superando inclusive a visibilidade que tivemos durantes as eleições para o DCE da UFRGS do ano passado.

Este é o reconhecimento de um trabalho que temos desenvolvido desde 2006 em prol dos estudantes e, de nossa parte, agradecemos as mensagens de apoio que temos recebido nos últimos dias.

Caiu a máscara dos indivíduos desonestos que usaram indevidamente o nome DCE Livre no ano passado sem nunca terem pertencido ao Movimento Estudantil Liberdade e que, hoje, são vistos como meros fantoches do Reitor. O mesmo Reitor que proibiu os estudantes de falarem em suas formaturas.

Desde 2006 o DCE Livre já passou por muita coisa, desde difamações contra seus membros até factóides em relação à um suposto fim do grupo, e mais recentemente tivemos indivíduos com ligações partidárias usando nosso nome e símbolo para se auto-promover às custas de nosso trabalho de vários anos. Mas resistimos e seguimos em frente, enquanto eles foram desmascarados e ficaram pelo caminho.

Parafraseando Abraham Lincoln: “Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente”.

Terminamos novamente agradecendo todo apoio que temos tido até o momento e, como dizia Mario Quintana, “eles passarão, eu passarinho”. No fim, a Honestidade, a Seriedade e a Liberdade sempre vencerão!!!


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os candidatos a Vice-Reitor da UFRGS

De acordo com o Estatuto da UFRGS, o Reitor pode delegar suas atribuições ao Vice-Reitor e, ainda, é substituído pelo ele em afastamentos temporários e impedimentos eventuais, dispondo de pessoal de apoio para auxiliá-lo na execução dos encargos sob sua responsabilidade.

Assim, apresentamos abaixo o perfil de cada um dos candidatos à Vice-Reitor que disputam essas eleições para a Reitoria da UFRGS.


Chapa 1 – Maria Ceci Misoczky

A Profa. Maria Ceci Misoczky é Médica Sanitarista e Professora Adjunta do Departamento de Ciências Administrativas. É mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Faculdade de Arquitetura e doutora em Administração pela UFRGS. Tem como foco de trabalho: administração pública, teorias organizacionais e gestão em saúde.

É responsável, na graduação, por disciplinas de administração pública e pelo projeto de TCC, e coordena a Área de Organizações na pós-graduação.

Foi da Comissão de Extensão, do Colegiado do Departamento e da Comissão Coordenadora do PPGA, ainda foi Chefe-substituta do Departamento de Ciências Administrativas.

Trabalhou por 20 anos na administração pública, tendo sido Secretária Regional de Planejamento do INAMPS e membro do Conselho Estadual de Saúde.

Coordena projetos de pesquisa e extensão em colaboração com o Ministério da Saúde e com a Organização Pan-Americana de Saúde. Ainda, é do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini.

Chapa 2 – Rui Vicente Oppermann

É o atual Vice-Reitor que tenta uma reeleição. É formado em Odontologia. Quando da discussão sobre a fala dos estudantes durante a Cerimônia de Formatura, se posicionou a favor da proibição do direito de fala, pois considera que os estudantes da UFRGS são repetitivos (clique aqui para ler a notícia), também foi favorável à proibição da entrega de diplomas por pais e parentes (clique aqui para ler a notícia). Na época, os estudantes tentaram dialogar com o Reitor Carlos Alexandre Netto, de quem Oppermann é vice, mas ele se recusou a receber os alunos (clique aqui para ler a notícia).

Durante as eleições do DCE da UFRGS de 2010, Oppermann também se posicionou contra as eleições através do Portal do Aluno, que facilitaria o voto dos estudantes e já é utilizada nas eleições para Diretores de Unidades da UFRGS e para os representantes dos professores e técnicos-administrativos nos conselhos superiores da UFRGS. (Clique aqui para ler a notícia).

domingo, 13 de maio de 2012

Ontem, hoje, e sempre, a vitória da liberdade!

Por Gen. Marco Antonio Felício da Silva*

Matéria publicada no Jornal Inconfidência

Uma Força Armada sem mística não inspira, à Nação a qual ela pertença, a confiança e a admiração que Ela, Força Armada, responsável por sua defesa e soberania, deva merecer! 
A História mundial, com os seus inúmeros conflitos, nos mostra forças armadas, pobremente equipadas e provisionadas de serviços, enfrentarem exércitos poderosos sem conhecer a derrota. E a mística dessas forças estava alicerçada, principalmente, no espírito combatente de seus soldados. 

Texto completo

Sem dúvida, a melhor arma para um Chefe é o espírito do soldado que ele comanda! Mística e Espírito Combatente estão, indissoluvelmente, interligados.

A mística advem da imagem que a Força Armada reflete sobre a Nação, principalmente, através das atitudes e posturas de seus Líderes, diante de situações críticas, do culto de suas mais caras tradições e da evocação dos seus Heróis.

A mística de nossas Forças Armadas, que poderia ser traduzida pelo slogan adotado, atualmente, pelo Exército, “BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA”, enfatizada pela maior confiabilidade, dentre todas as instituições nacionais, que têm as Forças, por parte da população, comprovada por recentes pesquisas de opinião, não foi construída nos dias de hoje, mas, através dos séculos, nas guerras contra o invasor estrangeiro, tornando-as o berço da nossa nacionalidade; nas lutas pela independência, libertando-nos do jugo português; na pacificação do Império, mantendo a unidade nacional; nas guerras externas, conservando a integridade do País; na Segunda GG, contribuindo para a libertação dos países ocupados pelo nazi-fascismo; combatendo a Intentona Comunista de 1935 e a tentativa de comunização do País, no período de 64 à 74.

Como sempre, respondendo ao chamamento da Nação. Há que ressaltar, Forças Armadas sempre vencedoras!

Como esquecer tais fatos e seus respectivos Heróis? Responde o próprio Exército :

“E aqui, no mourejar do dia-a-dia, veneramos e respeitamos o passado, para que o Exército e o nosso País não percam os seus referenciais, as suas raízes, as suas tradições, a sua identidade, a sua "alma", enfim, pelo que a Missão-Síntese deste Centro de Documentaçào é a de "Manter vivas no Exército do presente, as tradições do passado".

Como, então, não comemorar a batalha de Guararapes, evocar Felipe Camarão, Henrique Dias, André Vidal de Negreiros? Como não cultuar Caxias, Osório, Tamandaré, Marcílio Dias, Asp Mega, Sgt Max Wolf, os feitos dos “Senta a Pua” dentre muitos outros? Como esquecer os pracinhas mortos diante das casamatas alemãs em Monte Castelo, abrindo de peito aberto o caminho para a conquista, admirados e reverenciados pelo próprio inimigo? Como esquecer os que deram a vida combatendo a Intentona comunista de 35 e os que combateram a subversão marxista e a luta armada de 64 à 74? Impossível! Esquecê-los é perder raízes, referenciais, a identidade e a própria alma! É apunhalar a própria mística das Forças.

A confiança, como a liderança e o respeito, não são impostos ou gratuitos. Somente os têm quem os conquista no dia a dia por suas atitudes e posturas diante dos desafios e dificuldades, sem perder a dignidade frente às ameaças e sem se vergar em face do perigo das incertezas.

A confiança que a Nação brasileira tem em suas Forças Armadas e lideranças, através dos tempos, assim foi conquistada.

Respaldados e fundamentados em experiências do passado, quer recentes ou anteriores, não podemos aceitar imposições, manobras e artimanhas presentes que possam empanar um futuro de conciliação e de paz social. Façamos, vencendo as adversidades e antagonismos, mostrando a nossa pujança, um Brasil forte e respeitado, pleno de segurança em mundo conflituoso.

Exercendo o direito da liberdade de expressão, com dignidade, exaltando as Forças Armadas, de ontem e de hoje, comemoremos as nossas vitórias, do passado e do presente, dignificando o soldado brasileiro, principalmente a última delas, a vitória da Contra-Revolução de 64 que impediu a transformação do nosso País em uma grande ditadura do proletariado!

Comemoremos a liberdade de uma Nação, a nossa liberdade!


* GENERAL FELÍCIO DA SILVA é Cientista Político e foi ex-Oficial de Ligação ao Comando e Armas Combinadas do Exército Norte Americano, ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército e Analista de Inteligência.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sou fã de Mises, mas não sou austríaco

Por Régis Antônio Coimbra*

É curioso como os "austríacos" - tão afeitos à análise objetiva ou formal dos fenômenos subjetivos relativos às escolhas individuais com efeitos coletivos - tendam a ignorar de modo incrivelmente solene os aspectos sociais e políticos. Suas modelagens sistematicamente evitam quantificações, como que se limitando a noções de proporção, de maior ou menor etc, o que considero aceitável, mas também ignoram na prática os fatores políticos que diretamente inviabilizam suas prescrições e tornam irrelevantes suas análises.

Em tempo: tenho grande simpatia pela tal escola. Até comprei (no último Forum da Liberdade) e usei a camiseta do instituto Mises Brasil (ainda semana passada). Mais: calquei-me muito em Mises e um pouco em Hayek num trabalho de conclusão de uma especialização em Especialização Direito E Economia. No entanto esbarro sempre no alerta que conheço pela origem talvez não muito nobre (não o vejo muito citado) de Barry Eichengreen em "A globalização do capital" (o autor aceita a análise histórica e "monetária", mas atribui a análise política - acho que equivocadamente - a Polanyi): após 1870 o liberalismo colapsou pela ampliação da participação política das classes baixas ou populares, o que tornou inviável aos bancos centrais focar estritamente na moeda, os governos incorporando (por meio dos bancos centrais) o crescimento e pleno emprego como política indispensável para a sustentação (eleição, reeleição) política.

Recentemente li um artigo de Leandro Roque¹ com uma análise sobre o Plano Real que provocou no próprio Gustavo Franco o seguinte comentário no Facebook: "É uma leitura curiosa: nunca tinha visto uma crítica ao Plano Real pelo fato de não ter dolarizado a economia."

Alguns comentaram no perfil de Gustavo que o autor do artigo era um grande admirador dele, que não era uma crítica ao que ele fez e eu comentei: "Também acho que o autor está, à sua maneira, defendendo o professor: o plano Real não rendeu tanto porque cedeu às pressões políticas pela cabeça de Gustavo Franco, hehe... o qual tentava manter (na análise do autor) uma dolarização. Mas até onde lembro, isso esbarra em declarações de Gustavo de que a coisa se encaminhava suavemente (com altos custos das reservas...) para onde lá pelas tantas, aos trancos e barrancos (pela percepção política de que as reservas não dariam), chegou."

Grosso modo, é um caso clássico de uma análise pela perspectiva da "escola austríaca", "de Viena" ou "psicológica" (mais conhecida como "escola austríaca", mesmo). O argumento básico é muito bom: as decisões econômicas precisam de um sistema de preços livres que permitam uma avaliação constante e coletiva do quanto vale cada bem ou serviço, de modo intrinsecamente dinâmico; qualquer tentativa de um jogador muito grande ou poderoso (como o estado) de intervir na economia gera ruído no sistema de preços, tornando menos confiáveis os dados (preços) sobre o valor de cada bem ou serviço e, assim, tornando mais arriscadas as decisões seja do próprio interventor (o estado, tentando seja planificar a economia, seja meramente a "turbinar" em termos de crescimento e pleno emprego), seja de cada agente, como os empresários, aumentando a recorrência e gravidade das crises cíclicas.

Entre vários desdobramentos dessa análise fundamental, de Mises, uma série de extrapolações desses teóricos vão no sentido de uma mínima (ou nula no sentido de qualquer plano deliberado) intervenção do estado na economia. O estado já causaria problemas demais simplesmente por ser grande ou poderoso demais, não deveria aumentar ainda mais o problema tentando, quiçá com as melhores intenções, ajudar. No caso brasileiro do Plano Real, deveria ter aproveitado para abandonar qualquer tentação de manipulação monetária, renunciando a uma moeda própria estatal (nacional). O Panamá é apontado como "grande" exemplo de um país que fez isso e sobreviveu.

Não precisa muitos cálculos para "predizer" o que teria maior risco de ocorrer com uma efetiva adesão do Brasil à estratégia atribuída ao Panamá. Primeiro, Itamar Franco não permitiria e Fernando Henrique não se teria eleito. Segundo... por que discutir o "segundo"?

Uma forma mais suave de dolarizar a economia seria manter a paridade do real com o dólar, sujeita, claro, a pressões e apostas tanto monetárias quanto políticas. Isso a rigor não é uma hipótese, é também uma fase do plano Real, inclusive conforme análise do artigo. O fantasma explícito não é a dívida externa, é a balança de pagamentos. Os agentes efetivos escondidos sob tal fantasma são o enorme custo do estado brasileiro (comparado à sua economia) e o ainda maior poder de fogo dos especuladores (ou tomadores de risco, hehe...) globais (muitos locais...).

Então, supondo que as análises "austríacas" estejam certas, suas predições são absurdas e a questão é: qual a efetiva pertinência de suas análises? Elas são elegantes precisamente porque ignoram o cipoal "político" e a pirotecnia "matemática". Mas consideram adequadamente o que a política e a modelagem econômico-matemática oferecem?

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*RÉGIS ANTÔNIO COIMBRA é filósofo e advogado formado pela UFRGS. Especialista em Direito e Economia e, atualmente, é Acadêmico da Licenciatura em Dança pela UFRGS.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Candidatos a Reitor da UFRGS

Reitoria UFRGS
Na eleição para Reitor da UFRGS deste ano, que ocorrerá no próximo dia 14 de junho, duas chapas irão disputar o pleito. A chapa "Ufrgs pode mais" é composta pelo Professor Jairton Dupont, tendo como vice a médica e Professora da Escola de Administração Maria Ceci Araujo Misoczky. Do outro lado, concorre à reeleição o Professor Carlos Alexandre Netto e seu atual vice Ruy Vicente Oppermann. Abaixo, um perfil dos candidatos a Reitor da UFRGS.


Chapa 1 - Jairton Dupont

O Prof. Jairton Dupont completou a graduação em Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Especializou-se em Química dos Metais de Transição e Catálise pela Université Louis Pasteurs de Strasbourg, na França, onde também concluiu o doutorado em Química. Possui ainda um pós-doutorado pela University of Oxford, no Reino Unido, tendo sido bolsista da Royal Society of Chemistry.

Foi coordenador da Comissão de Graduação do curso de Química e da pós-graduação do IQ-UFRGS, além de membro do CA-Química do CNPq. Atualmente, é professor associado do Departamento de Química Orgânica da UFRGS, bolsista 1A em produtividade e pesquisa do CNPq e representante de área no CTC da Capes. Já recebeu diversos prêmios, entre eles a medalha Journal of the Brazilian Chemical Society da Sociedade Brasileira de Química, em 2008, e o Prêmio Inventor da Petrobrás, em 2007 e 2008.

Ainda, o Professor Dupont é o único brasileiro a figurar entre os cem químicos mais influentes do mundo na última década. Ficou na 84ª posição no ranking elaborado pela agência internacional Thomson Reuters (clique aqui para visualizar o ranking).


Carlos Alexandre (à dir.) aplaudindo o
Governador do RS Tarso Genro (PT)
Chapa 2 - Carlos Alexandre Netto

É o atual Reitor da UFRGS e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). É graduado em Medicina. As principais marcas de sua gestão à frente da Reitoria da UFRGS foram a proibição de fala dos formandos (clique aqui para ler a notícia), seguindo o mesmo modelo adotado por Universidades como a ULBRA, e a suspensão da venda de suco nos Restaurantes Universitários, que parou de fornecer o mesmo à quase dois anos.

Nas eleições de 2008, ficou em um distante segundo lugar, com quase 2 mil votos de diferença da primeira colocada, a Professora Wrana Panizzi, perdendo tanto na categoria dos Discentes quanto na dos Técnico-Administrativos. Porém, venceu na categoria dos Docentes, que possuí peso de 70% na ponderação da listra tríplice, o que lhe rendeu a indicação do, à época, Ministro da Educação Fernando Haddad, também do PT, para o cargo de Reitor da UFRGS.
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