sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

TCU investiga convênios da UNE com o governo federal


MP aponta que recursos da União foram justificados com notas frias

DEMÉTRIO WEBER 
REGINA ALVAREZ

BRASÍLIA - Investigação do Ministério Público aponta indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo. Entre 2006 e 2010, essas entidades receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos destinados à capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. No caso da UNE, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. E detectou que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.

Ao analisar as prestações de contas do convênio do Ministério da Cultura com a UNE para apoio ao projeto Atividades de Cultura e Arte da UNE, o procurador Marsico constatou gastos com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE. Além disso, encontrou diversas notas emitidas por bares em que há apenas a expressão “despesas” na descrição do gasto.

No fim de maio, o procurador formalizou representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a Corte investigue o uso dos recursos federais repassados à UNE e à UMES, entre 2006 e 2010. O alvo da representação são 11 convênios, seis da UNE e cinco da UMES, celebrados com os seguintes ministérios: Cultura, Saúde, Esporte e Turismo. O valor total desses convênios é de R$ 8 milhões, destinados a projetos variados que vão desde a capacitação de estudantes de ensino médio até a realização de duas edições da Bienal de Artes, Ciência e Cultura da UNE. Marsico deu destaque a sete convênios — seis da UNE e um da UMES — no valor de R$ 6,5 milhões, que, segundo ele, concentram os “principais achados”.

Esporte demora a cobrar contas
As notas fiscais frias foram localizadas na prestação de contas que a UNE entregou ao Ministério da Saúde, referente ao convênio de número 623789, de R$ 2,8 milhões, encerrado em 2009. Esse convênio bancou a Caravana Estudantil da Saúde, em que universitários percorreram as 27 unidades da Federação para discutir saúde pública, com a oferta de testes rápidos de HIV e conscientização sobre a importância de doar sangue.

Marsico informa na representação que quatro notas da empresa WK Produções Cinematográficas Ltda. são “inidôneas”, com base em informações da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo, que não reconheceu a autenticidade dos documentos. Há suspeita de que outras oito notas emitidas por diferentes empresas também não sejam válidas, o que estaria sob apuração da secretaria municipal, de acordo com o procurador. Ele menciona ainda o caso de uma nota fiscal de R$ 91.500, da gráfica e editora Salum&Proença, de Jandira (SP), que teria sido cancelada pela empresa, embora os serviços constem na prestação de contas da UNE.

Outro indício de irregularidade apontado pelo procurador nesse mesmo convênio é a elevação dos gastos previstos com assessoria jurídica de R$ 20 mil para R$ 200 mil, sem justificativa nos autos. Marsico aponta ainda duplicidade de pagamentos, imprecisão do objeto do convênio e a transferência dos recursos da conta oficial para contas bancárias dos produtores da caravana.

Para Marsico, os dados sugerem “possíveis atentados aos princípios da moralidade, da legalidade, da legitimidade e da economicidade, além de evidenciarem possíveis danos ao Erário Público”, segundo destacou na representação ao TCU.

— É lamentável, especialmente pela história de lutas dessas entidades. Elas teriam que ser as primeiras a dar o exemplo à sociedade de zelo no uso do dinheiro público — afirmou o procurador.

Ele chama a atenção para a demora do Ministério do Esporte em cobrar a prestação de contas da UNE no convênio de número 702422, de 2008, no valor de R$ 250 mil. A pasta comandada pelo PCdoB, mesmo partido que controla a UNE, fomentou a “implantação de atividades esportivas e debates” na 6ª Bienal de Artes, Ciência e Cultura. “Quase dois anos após o fim do prazo para a prestação de contas, os documentos ainda não haviam sido encaminhados”, observou Marsico na representação ao TCU, registrando que, “somente após receber o ofício enviado pelo MP/TCU, o órgão (Ministério do Esporte) notificou a UNE sobre a omissão”.

— Há erro dos dois lados. De quem recebeu os recursos e dos órgãos que liberaram. Se não fosse eu requerer, em alguns casos não haveria sequer a prestação de contas — disse o procurador do MP.

No caso dos convênios com a UMES, o procurador destacou o que trata do auxílio ao Projeto Cine Clube UMES da Saúde, concluído em março de 2010, no valor de R$ 234, 8 mil. De acordo com Marciso, as quantias previstas no plano de trabalho eram as mesmas posteriormente contratadas. “Como era possível saber o valor exato das propostas vencedoras nas licitações?”, questionou. Ele observou também a falta da relação de escolas beneficiadas e de cópias dos processos licitatórios ou justificativas para a dispensa de licitação.

“Algumas das impropriedades apuradas, como a utilização de recursos públicos para a compra de bebidas alcoólicas, são de extrema gravidade e parecem-nos capazes de justificar a atuação dessa Corte de Contas”, disse Marsico na representação.

Entidade reafirma zelo com recursos
Procurada pelo GLOBO para se manifestar sobre as irregularidades, a UNE respondeu, em nota da assessoria de imprensa, que “reafirma seu compromisso de zelo com os recursos públicos e, se comprovado qualquer tipo de irregularidade, compromete-se a saná-las de acordo com o que a lei determina, inclusive, se for o caso, com a devolução de recursos”.

A entidade disse na nota que participa das políticas de financiamento público a atividades culturais, esportivas e educacionais desde 1999, sempre cumprindo todas as exigências técnicas de seus convênios. “Parte das nossas prestações de contas já está aprovada, sendo que algumas se encontram ainda em análise pelos órgãos responsáveis”, informa. E reafirma o seu compromisso com o Erário, “honrando seus 75 anos de vida”.

O GLOBO também procurou a direção da UMES na tarde de quarta-feira com o mesmo objetivo, mas a entidade não se manifestou.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/tcu-investiga-convenios-da-une-com-governo-federal-5147139#ixzz2Fj1BQoXQ 

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Chapa do PT-PCdoB disputa sozinha eleições para o CAEA e perde

O grupo foi inspirado pela corrente liderada por José Dirceu

O maior fiasco eleitoral dos últimos anos do movimento estudantil da UFRGS foi a chapa “CAEA Para Todos”, que concorreu sozinha na eleição do Centro Acadêmico da Escola de Administração, mas não conseguiu fazer se quer o quórum mínimo de 10% dos votos.

A Chapa foi organizada por Ana Lucia Velho, presidente estadual da Juventude do PCdoB (UJS) e vice-presidente da UNE, eleita com apoio chefe do mensalão, o corrupto José Dirceu, e por Raphael Homem, militante do movimento petista "Levante da Juventude", que presidiu a chapa.

Ana Lúcia Velho, Presidente da Juventude
do Partido Comunista do Brasil
O nome da chapa “CAEA Para Todos” faz alusão a sigla do PT. Ainda, destacamos que o nome “Para Todos” também é tradicionalmente usado pelas Chapas organizadas pela CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente interna do PT liderada por José Dirceu.

A Chapa fez propostas típicas da esquerda, como a instauração do Assembleísmo e a mudança no estatuto para que o CAEA não tenha mais um Presidente responsável e sim um regime de coordenadoria onde em teoria todos seriam responsáveis, mas na pratica, como acontece em outros Diretórios Acadêmicos da UFRGS, ninguém se responsabilizaria por nada.

As eleições ocorreram nos dias 10, 11 e 12 de dezembro pelo Portal do Aluno e o resultado foi um vexame. Os estudantes da Administração não se sentiram representados e não votaram, por isso a eleição não atingiu o quórum mínimo de 10% dos estudantes, conforme estipulado pelo Regimento Eleitoral. Assim, o CAEA terá que realizar uma nova eleição.

Vale lembrar que Ana Lucia Velho, através de influência junto ao Vice-Reitor da UFRGS, que também do PCdoB, foi uma das pessoas responsáveis por impedir que as eleições para o DCE da UFRGS fossem realizadas pelo Portal do Aluno.

Agora, parece que ela novamente quer dar um golpe na democracia e está pressionando para que as eleições para o CAEA sejam validadas sobre a argumentação de que “faltou pouca coisa”... que não é tão pouca coisa assim, porque faltaram pelo menos mais 52 votos ou mais 49% dos votos feitos pela chapa do PT-PCdoB.

Resultado das Eleições:
Chapa 1 - CAEA Para Todos - 94 Votos
Votos em Branco: 3
Votos Nulos: 6
Total de Votantes Efetivos: 103
Total de Eleitores: 1575

sábado, 8 de dezembro de 2012

Análise das Eleições de 2012 para o DCE da UFRGS


Pelo segundo ano consecutivo, o Movimento Estudantil Liberdade foi o fator decisivo das eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS e, novamente (clique aqui para ver a análise de 2011), por um erro estratégico do segundo colocado que, ao invés de optar pelo diálogo, preferiu manter uma postura arrogante, o que lhe acarretou a derrota. No caso, a chapa vencedora fez 1651 votos, enquanto que a segunda colocada ficou com 1533 votos, uma diferença de 118 votos, ou seja, considerando que o MEL fez 119 votos, a união entre os grupos acarretaria a vitória da chapa de oposição por 1 voto em relação à chapa de situação, mas a principal questão que se levanta é: Quem são os eleitores do MEL?

(clique na imagem para ampliar)
O MEL fez votos em 17 urnas, nos quatro diferentes campi da UFRGS. Esses votos vieram principalmente do Campus Centro, que representou 63,03% dos votos totais, seguido pelo Campus do Vale (23,01%), Campus Saúde (13,45%) e ESEF (2,52%). Em média, tivemos 29,75 votos por campus.

(clique na imagem para ampliar)
Em relação às urnas, o principal grupo de votantes foram aqueles que votaram na Escola de Engenharia, que representaram 19,33% dos votos totais do MEL, seguidos pelos estudantes que votaram na urna da Faculdade de Direito (11,76%). O perfil de votantes foi bastante diversificado, em média, os desvios relativamente à média atingiram 83,30% do valor desta, representando um perfil de votantes bem mais diversificado que aquele das demais chapas, cujos votos são muito concentrados em poucos cursos. À exemplo, podemos citar a chapa 3, que teve 40,44% dos votos em uma única urna (Engenharia) e quase 60% dos votos concentrados em apenas 4 das 25 urnas (Engenharia, IFCH, Odontologia e FABICO).

(clique na imagem para ampliar)
Quanto às áreas de concentração, podemos dividir os votantes em cinco grupos. O primeiro constituído pela Escola de Engenharia, onde fizemos 23 votos, em seguida temos o grupo composto pelos votantes das Faculdades de Direito e Educação, onde tivemos uma média de 13,5 votos, depois Economia, Administração, IFCH e Psicologia, com média de 9,25 votos; Matemática, Letras, FABICO e Informática, com média de 5,25 votos e, finalmente, um grupo composto por ESEF, Arquitetura, ICBS, Odontologia, Artes e Medicina com média de 1,83 votos por urna.

(clique na imagem para ampliar)
Por fim, na análise do desempenho global, essas eleições foram marcadas pela drástica redução no número de votantes, que foi 24,48% inferior em relação ao ano anterior, o que, em termos absolutos, representou a diminuição de 1261 votantes no pleito. A chapa 1 teve redução de 5,39% no total de eleitores, seguida pela chapa 3, com redução de 10,30%, Chapa 2 com 56,09% e pela Chapa 5 que perdeu 66,79% de seus eleitores. Contrastando com as demais chapas, o MEL teve um crescimento de 16,67% no número de votantes. Ainda, passamos de uma participação de 1,98% nas eleições de 2011 para um participação de 3,06% do resultado final em 2012.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O dia em que 10 pessoas decidiram uma eleição


Sim, 10 pessoas obstinadas que, com míseros 50 reais, decidiram quem iria presidir o DCE da UFRGS. Muitos não viram e nem querem ver sua força política, mas ela existe e está em constante crescimento. Uma força que vai além do partidarismo, que vai além dos conchavos políticos. Uma força que não quer o poder pelo poder. Quer sim mudar a realidade para as gerações vindouras. Uma força que quer a honestidade e a transparência acima de tudo no movimento estudantil gaúcho. Esse é o MEL - Movimento Estudantil Liberdade. Continuaremos a pensar um movimento estudantil mais justo e apartidário. Continuaremos nossa caminhada. Continuaremos a acreditar que dinheiro e poder não devem ser o objetivo dos movimentos estudantis. o objetivo tem que ser (e será) o bem estar, a segurança e a constante busca do conhecimento pelos discentes da UFRGS.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Sobre Falsos Heróis - José Fighera Salgado



Sobre Falsos Heróis

Que heróis são esses que ergueram massas
Pregando o fim de alheias propriedades
Tramando golpes com base em mentiras
E ideologias de falsa igualdade
Que heróis fajutos que com mil falácias
Organizaram hordas de iludidos
Disseminando ódio entre as classes
Com seus conceitos falsos e falidos

Que heróis de araque que até hoje guiam
Servos que travam inúteis contendas
E assim militam por ruas e becos
E cortam cercas para invadir fazendas
Que heróis bandidos que pregaram roubo
E caridade com dinheiro alheio
Mas cujos bolsos de seus seguidores
Não se abstêm de se manterem cheios

Legado tosco o destes heróis
Que greves tolas vão influenciando
Pelas escolas, poluindo livros
Nas faculdades, mitos se tornando
E os seguidores dos heróis de barro
Que alcançando o pleno poder
Confiscam armas do povo que assim
Nem mais a vida pode defender

Sagas macabras as destes heróis
Cujos ideais pátrias degeneram
Destroem jovens corrompendo mentes
Com utopias que nunca prosperam
São cultuados em todas as partes
Cidades, campos e universidades
E assim, aos poucos, seus servis soldados
Calam as vozes que falam verdades

Triste destino o dos que lutaram
Nas intentonas dos heróis falsários
Fortalecendo o perigo vermelho
Feito de ódio e rancor proletário
Pobre cabeça a que acata as idéias
De um falso herói mal-intencionado
Pobre do homem que iludido entrega
Sua devoção aos heróis errados

Chapa 4 responde: Sociedade, Gestão e Movimento Estudantil

Resposta da Chapa 4 - DCE Livre - Movimento Estudantil Liberdade à entrevista sobre Sociedade, Gestão e Movimento Estudantil.

Boa tarde. Sou estudante de arquitetura e facilitador no grupo ZINE da arquitetura. Esse grupo nasceu há pouco tempo em nosso curso com a proposição de oferecer aos alunos (sobretudo da arquitetura) informação jornalística de conhecimento sociológico, ambiental, cultural e político. Muitos colegas, mesmo com interesses na construção de uma sociedade mais igualitária e sustentável, passam os dias sem contato com a política global (pois devem lidar com as muitas atividades acadêmicas). Da mesma forma, enxergar a ponte entre a macro-política e o dia-a-dia (PNE/ Reuni e nossas salas de aula, por exemplo), também é algo complicado. Estamos iniciando nosso grupo com reportagens. Pensando nisso tudo, preparamos dez perguntas que pretendem resumir a cara das chapas que estão concorrendo à gestão 2012/2013 do DCE UFRGS. O processo de eleição passou voando, pois já estamos entrando na fase de votações, na semana que vem. Espero que possam contribuir para ampliação da participação consciente dos estudantes.

SOCIEDADE

1. Na infra-estrutura, qual visão da chapa sobre o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni?

Entendemos que a expansão da Universidade, a partir da criação de cursos, bem como, da criação de mais vagas nos cursos já existentes, é algo muito importante no momento em que busca-se a qualificação dos brasileiros, todavia, isto deve ser feito com muito cuidado e atenção, pois somente nos interessa a expansão se esta se der com qualidade. Não adianta expandir por expandir, sem planejamento prévio e sem que se atenda as condições mínimas para o bom aproveitamento das graduações.

2. Na segurança, quais as propostas de ação da chapa frente ao fechamento e isolamento dos campi? E com relação à insegurança no Vale?

Não existe nenhuma proposta de fechamento e isolamento dos Campi, quem afirma isso é desonesto e mal-intencionado. Há sim uma proposta de que se coloque catracas nas entradas dos Campi, onde aqueles que adentrem os mesmos tenham que se identificar, como ocorre na imensa maioria dos órgãos públicos, inclusive faz muitos anos que esse sistema é aplicado em alguns prédios da UFRGS, como a Reitoria e as Faculdades de Medicina e Administração.

Em relação à insegurança na UFRGS, entendemos que a segurança é uma questão fundamental para os estudantes de nossa Universidade, assim, buscaremos a implementação de ações que garantam a segurança pessoal e patrimonial nos Campi.
Para isto propomos a realização de um convênio entre a UFRGS e a Secretaria Estadual de Segurança, para que a Brigada Militar possa realizar policiamento ostensivo no interior dos campi, com especial atenção para o campus do Vale e para o campus da Saúde. Também propomos que seja feita uma parceria com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, para que a Guarda Municipal possa fazer a segurança dos estudantes nos horários de entrada e saída, através do Programa Vizinhança Segura, nas entradas da UFRGS próximas ao Parque da Redenção (Campus Central) e buscaremos que a reitoria solucione o problema da falta de iluminação, principalmente no Campus do Vale.

3. No campo da diversidade, tivemos no último ano a reavaliação das Cotas no Vestibular. Qual a análise da chapa com relação ao processo, ocorrido em nível de CONSUN?

Nós fomos o único grupo a apresentar um amplo projeto discutindo seriamente a proposta das Cotas no Vestibular, protocolado sob o número 23078.014712/07-11.

Tal projeto foi base para a rediscussão do Programa de Ações Afirmativas da Universidade e o que garantiu a manutenção das cotas no patamar de 30% e a não desvinculação das cotas sociais e raciais, sendo inclusive citado no Relatório Final da Comissão de Avaliação da Política de Ações Afirmativa.

De fato, o DCE Livre sempre esteve na vanguarda da discussão sobre a Política de Ações Afirmativas na Universidade, que temos discutido desde 2007. Este ano, em especial, o Vice-Presidente do DCE Livre e Tesoureiro da Chapa 4 Régis Antônio Coimbra, autor do projeto apresentado ao Conselho Universitário (CONSUN), deu entrevistas sobre o tema para o Correio do Povo e para a Revista Adverso, publicação da ADUFRGS-Sindical.

Entendemos que é urgente a implantação de ações afirmativas pela sociedade brasileira e gaúcha, tendo nisso a UFRGS responsabilidade peculiar, porém fazendo as devidas críticas ao modelo atualmente adotado, no sentido de que o atual modelo é:

1 - ineficiente para pobres, pelo caráter paliativo, e com foco primário no ingresso artificial e apenas secundário na permanência (até a conclusão);

2 - contraproducente para negros, por introduzir ou exacerbar uma percepção de rivalidade racial;

3 - quantitativamente pouco expressivo se aplicado à UFRGS ou às instituições estatais de ensino superior em geral, conquanto estas representam uma pequena fração das vagas do ensino superior como um todo

4 - qualitativamente temerário se aplicado à UFRGS ou às instituições estatais de ensino superior em geral, conquanto estas não primam tanto pela excelência do ensino e sim do aprendizado, tendo sua notória excelência calcada na seleção – por sua vez operada pelo atrativo da gratuidade e da reputação de excelência das mesmas combinado com a acirrada competição pelas vagas nos concursos vestibulares – dos alunos com melhores aptidões ou mais favoráveis condições materiais e culturais familiares para a dedicação aos estudos – de tal modo que uma mudança radical (envolvendo 40% do total dos alunos em cada curso) tende a alterar significativamente o perfil dos alunos e dos cursos destas universidades.

Nossa principal crítica reside no modo como o sistema está sendo inserido nas universidades, que acaba sendo mais corporativista que propriamente social, visto que considera apenas o fato do indivíduo ter estudado ou não em escola pública e não leva em consideração a questão mais importante que é a renda.

Ainda, no ponto específico das cotas raciais, a desvinculação do caráter social, como propunha a atual gestão do DCE da UFRGS “É Primavera” acarreta na situação onde, visto a desnecessidade de se ter cursado o ensino público estatal, negros oriundos das classes média e alta, que tiveram o ensino em boas instituições privadas, teriam mais chances de entrar na Universidade que aqueles das camadas pobres da população e que mais precisariam do benefício.

Assim, não havendo revisão do sistema, ao menos se garantiu que o percentual de vagas reservado às ações afirmativas se mantivesse nos atuais 30% e, além disso, garantiu-se também a não desvinculação das cotas raciais e sociais, haja vista que tal desvinculação apenas prejudicaria os negros das classes sociais mais baixas, beneficiando indivíduos com maior poder aquisitivo.

4. Qual o significado do termo “meio ambiente” para gestão proposta? Existe aplicação desse significado em termos práticos nas propostas da chapa?

Meio ambiente é o espaço em que vivemos, ou seja, não é restrito à visão estereotipada de árvores, lagos e passarinhos cantando. É a sala de aula, o RU, os estacionamentos, etc... Essa interpretação tem muito relacionamento prático com nossas propostas, pois é lá que está o foco da chapa, ou seja, na melhoria das condições do meio ambiente para os estudantes. Não propomos devaneios, nossas propostas são bem simples e muito concretas, propomos mais segurança, propomos papel higiênico e sabonete nos banheiros, diminuição na fila dos RU através da compra de créditos antecipados para o Cartão da UFRGS, parceria com empresas para a compra dos exemplares mais usados nas bibliotecas, armários para os alunos nos campi, cartão TRI gratuito  enfim, propomos uma melhoria em termos práticos no meio ambiente de todos os estudantes.

GESTÃO E MOVIMENTO ESTUDANTIL

5. Como seria a visão de sociedade ideal e saudável do grupo que compõe a chapa?

O futuro de um país depende da liberdade que é dada aos seus indivíduos. Assim, entendemos que uma sociedade ideal e saudável é aquela onde existe plena liberdade econômica, ou seja, onde não haja obstáculos ao empreendedorismo e as pessoas possam ganhar mais dinheiro, de forma que haja mais postos de trabalho e, consequentemente, mais bens e serviços à disposição da população, acarretando uma majoração da qualidade de vida de todas as pessoas.

6. Qual a missão do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS?

Nós entendemos que a missão do DCE é representar os estudantes através da defesa da excelência acadêmica e da eficiência em projetos que tenham como foco prioritário a própria comunidade universitária.

7. Como a chapa pretende se comunicar com os aprox. 40 mil estudantes que serão representados pela gestão?

A principal função do DCE é influenciar nos rumos da Universidade. Portanto, é dever de qualquer gestão representar os interesses dos estudantes nos colegiados dos cursos e nos conselhos superiores. Além disso, é preciso que se tenha diálogo com os professores e técnicos que também participam das decisões da Universidade.

Assim, iremos informar os estudantes, por meio do site e do jornal do DCE, dos principais assuntos discutidos nestes órgãos e consulta-los, através do Portal do Aluno, quando itens mais polêmicos estiverem em pauta nos Conselhos.

Pretendemos manter um relacionamento mais direto com os estudantes, pois sabemos que muitos diretórios e centros acadêmicos são controlados por militantes partidários que em nada representam as opiniões dos estudantes de seus cursos, logo, para saber o que o estudante quer e precisa, nada melhor que consulta-lo diretamente, sem intermediadores.

8. Esse ano parece não haver ponto de polarização política nas propostas, acarretando um clima de esvaziamento político na disputa. Qual a análise da chapa sobre essa afirmação.

Existe uma polarização bem grande entre as demais chapas e a chapa 4, visto que as outras são controladas por partidos políticos de esquerda, quem estão mais preocupados em ter um palanque eleitoral do que em representar seriamente os estudantes da UFRGS, todavia, como nós não temos ligações partidárias, temos pouca divulgação e pouquíssimos materiais, logo, não temos muito destaque nessas eleições, enquanto que as outras chapas, por serem iguais e terem vultuosos financiamentos, passam o clima errôneo de que não existe polarização e todas as propostas são iguais.

9. A maioria dos estudantes da arquitetura, quando questionados, afirma se afastarem das questões de DCE por conta das questões partidárias. Qual a vantagens e desvantagens na presença de estudantes partidários no DCE?

Vantagem não há. Os militantes partidários, geralmente vagabundos que ficam anos na faculdade rodando sempre nas mesmas cadeiras até serem jubilados, são um problema no movimento estudantil. Para eles não interessa o que os estudantes querem, mas apenas o que os partidos mandam. Isso tem que acabar.

A desvantagem é o desgaste que isso causa ao movimento estudantil a partir do afastamento dos estudantes que, com razão, vêem o DCE como um grupo de palhaços que só sabem obedecer ordens de uma dada vereadora e não estão nem aí para os reais problemas dos estudantes, como a falta de iluminação nos campi, a falta de papel higiênico e sabonete nos banheiros, a insegurança, os ambulatórios sem pessoal capacitado e sempre fechados, a fila dos RU que a cada ano está maior, etc...

10. Qual seria uma das principais metas da gestão?

Nossa principal meta é cumprir com seriedade e competência tudo aquilo que propomos fazer, para que nos fim de nossa gestão possamos olhar para tudo que, com muito esforço, construímos e dizer “E não é que valeu a pena, por isso, faríamos tudo de novo!”

sábado, 1 de dezembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Aparelhamento do CEUE pelo PCdoB

Aparelhamento do CEUE pelo PCdoB

Quem votou na ultima eleição do CEUE na Chapa "CEUE para Engenheiros" achando que estaria votando para tirar o CEUE do controle dos comunas estava redondamente enganado.

Como está evidente agora, os membros da Diretoria do CEUE, inclusive o presidente Douglas Sandri, estão fazendo campanha abertamente, na eleição do DCE-UFRGS, usando o nome do CEUE e dos Centro Acadêmicos das Engenharias como apoiadores de uma dada Chapa.

No caso, é a Chapa 3 - Teu DCE, composta em sua grande maioria por militantes do PCdoB e que tem a principal vaga de representante discente (1º titular no CONSUN) ocupada pela estudante Ana Lucia Velho, que é presidente estadual da UJS (Juventude do PCdoB) e vice-presidente da UNE (entidade que apoia o corrupto José Dirceu).

Comitê de Campanha da Deputada Manuela D'Ávila (PC do B)
é a sede da chapa 3 (clique na imagem para ampliar)
Além disso, como também é de conhecimento geral, a Chapa 3 usa como "base" para suas reuniões a Sede da UJS (União da Juventude Socialista - órgão da Juventude do PCdoB) na Cidade Baixa na Rua Sarmento Leite 969.

Cabe lembrar ao estudante de Engenharia que todos os anos, durante eleição para o DCE, esse comunas, ligados à UJS,  vão na Engenharia gerar tumulto para afastar os estudantes da urna, como pode ser visto no vídeo abaixo:


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Governança Corporativa no DCE


É fato que, nos últimos anos, várias gestões do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS estiveram envolvidas com casos de fraudes, uso dos recursos da entidade para fins pessoais, falta de transparência, falta de prestação de contas e outra série de irregularidades que, pouco a pouco, acabaram minando a credibilidade da entidade junto aos estudantes. Isso nos leva ao seguinte questionamento: Qual a representatividade de um órgão que não possuí a confiança de seus representados?

A Chapa 4 – DCE Livre, além da busca por benefícios concretos para os estudantes, se propõe a implementar um sistema de Governança Corporativa no DCE, visando reparar a perda de confiança pública na entidade e buscar um direcionamento estratégico que atenda as suas responsabilidades junto aos estudantes. Para atingir este objetivo, além de outras práticas de Governança Corporativa, agiremos em quatro linhas de ação:

- Transparência
- Equidade
- Prestação de Contas
- Responsabilidade Corporativa

TRANSPARÊNCIA

A boa relação de uma gestão com seus representados possui como cerne a transparência, sendo que esta não se restringe às fontes e aplicações de seus recursos, mas à toda informação gerada a partir das ações entidade.

Seremos uma gestão aberta, plural e não uma “caixa preta”, distante dos estudantes e fechada dentro do seu próprio grupo.

Temos como proposta voltar a editar o jornal do DCE, trazendo informações sobre a UFRGS e sobre a gestão para os estudantes, para que saibam o que a entidade está fazendo por eles e onde estão concentradas as suas ações, bem como, quais os canais de informação através de onde podem trazer suas dúvidas e demandas até o DCE.

Vamos trabalhar para que o DCE tenha também um espaço dentro do Jornal da UFRGS. A idéia é que haja o máximo de interação entre os estudantes e a gestão, de forma que estes se sintam integrados à ela e não à vejam como algo distante como ocorre atualmente.

EQUIDADE

A UFRGS não é constituída por um ou dois grupos isolados, mas por inúmeros indivíduos e grupos de indivíduos que possuem suas peculiaridades. Reconhecemos as capacidades individuais e empreendedoras do Ser Humano, bem como, nos opomos a “luta de classes”, defendendo que estas, sendo diversas mas não adversas, podem e devem viver em harmonia.

Como representante de todos os estudantes, buscaremos agir de forma justa e igualitária com todos, dentro dos valores morais, éticos e cívicos e trabalhando em benefício do Bem Comum.

O maior erro das gestões passadas do DCE foi virar as costas para os estudantes que pensavam diferente, excluindo as pessoas por meras picuinhas políticas. Não vamos virar as costas para ninguém, mas estender a mão para todos.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Uma das principais bandeiras do Movimento Estudantil Liberdade é a Prestação de Contas. O próprio Estatuto do DCE da UFRGS define, em seu art. 33, Parágrafo único, que:

Art. 33
(...)
Parágrafo único: A Diretoria Executiva do DCE deve prestar contas, semestralmente, aos estudantes e às pessoas ou entidades que o auxiliem com doações, de todos os recursos recebidos, em balancete aprovado pela mesma.

Entendemos que mais do que o dever regimental de informar é preciso que o DCE tenha uma cultura que gere um desejo de informar e que isso não se restrinja aos balancetes contábeis, mas represente toda informação de interesse dos stakeholders.

Propomos que seja feita uma prestação de contas mensal e que a mesma seja apresentada aos Diretórios e Centros Acadêmicos no Conselho de Entidades de Base e, também, seja publicada no site e no jornal do DCE, para que todos possam ter acesso a essa informação resumida.

Ainda, iremos implementar o sistema de “Prestação de Contas Antecipada” que consistirá no seguinte: em até 24h da data de aquisição do produto ou prestação do serviço, toda e qualquer nota fiscal, declaração, recibo, etc. que será usada na prestação de contas mensal oficial será digitalizada e publicada no site da entidade, para que os interessados possam fazer uma crítica prévia.

Assim, pretendemos gerar um clima de confiança entre os representantes e os representados.

RESPONSABILIDADE CORPORATIVA

O DCE precisa de uma visão mais ampla, por isso entendemos que a gestão é  responsável pela promoção da excelência da educação, mediante a inserção e o comprometimento dos estudantes com a vida universitária plena, nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, com vistas à formação integral e qualificada para o exercício de uma cidadania autônoma, crítica e de liderança.

Mais que uma entidade meramente reivindicativa, o DCE deve agir ativamente estimulando o desenvolvimento pleno dos estudantes por meio de ações que estimulem o desenvolvimento científico e a prática de atividades culturais, esportivas e artísticas.

Vamos incentivar as Semanas Acadêmicas, auxiliando os cursos em sua realização, ajudando nos contatos institucionais e com palestrantes e ministrantes de cursos.

Faremos o Banco de Auxílio ao Ensino, com a formulação de materiais de estudo para cadeiras específicas. Esse banco será constituído de provas antigas, resumos, listas de exercício, obtidos em parcerias com professores e monitores, que disponibilizaremos na internet e nos xérox.

Vamos promover a Semana olímpica, com torneios de diversos esportes, incluindo como alguns alternativos, como Sinuca, Truco, Xadrez. Também estimularemos a criação de Atléticas e a participação dos estudantes nos JUB (Jogos Universitários Brasileiros) através de patrocínio para os atletas da UFRGS, permitindo que eles possam compatibilizar o esporte com os estudos e participar de competições fora do estado.

Além disso, buscaremos junto à administração central da UFRGS a construção de quadras poliesportivas no Campus do Vale.

Faremos oficinas abertas de teatro, artes plásticas, cinema e vídeo, literatura, música, entre outros e, com isso, criaremos a Mostra Universitária de Artes Visuais, além de incentivar eventos como a “Semana de Expressão de Talentos da UFRGS”.

OUTRAS AÇÕES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Outras ações que implementaremos buscando proporcionar maior confiabilidade e transparência nos atos administrativos do DCE serão:

1 – Composição do Conselho de Administração e Fiscal (CAF) do DCE
Este conselho será responsável por acompanhar e fiscalizar as diretrizes estratégicas e a administração das finanças durante a gestão. Pretendemos compor este conselho com 10 membros, sendo estes o Presidente do DCE, os dois Vice-Presidentes, os dois Tesoureiros, um representante indicado pelo CEB e vamos convidar as outras 4 chapas que disputam o pleito de 2012 para indicar um representante.

2 – Vedação à acumulação de cargos
Não será permitido que o presidente do DCE seja presidente do Conselho de Administração e Fiscal.

3 – Manifestação sobre ações do DCE
Todos os dispêndios financeiros do DCE superiores à 2000 Ufirs que serão submetidos ao CEB para aprovação, virão acompanhados de manifestação, favorável ou contrária, do CAF.

4 – Reuniões públicas
O CAF realizará reuniões mensalmente, onde qualquer estudante poderá participar como ouvinte.

5 – Calendário de Reuniões
O Estatuto do DCE dispõe, em seu art. 22, I, que o CEB deve se reunir bimestralmente em caráter ordinário. Para que não aconteça mais os recorrentes problemas de alguns Centros e Diretórios Acadêmicos não serem avisados das reuniões, assim que assumirmos, publicaremos um calendário com todas as datas das reuniões ordinárias do CEB.

6 – Política de informações
Reativaremos o Portal de Serviços do DCE, onde os estudantes poderão ter acesso à vários serviços prestados pela entidade, bem como, poderão entrar em contato com a gestão.


Enfim, a partir das boas práticas de Governança Corporativa buscaremos restaurar a confiança dos estudantes no DCE e aproxima-los da entidade que os representa dentro da Universidade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Chapa 4 DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade




Colega da UFRGS,

Começou, no último dia 16,  o processo eleitoral que irá definir a próxima gestão do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, órgão máximo de representação estudantil na Universidade, e as Representações Discentes nos Conselhos Superiores e Órgãos colegiados para o período 2012/2013.

A Chapa 4 DCE LivreMovimento Estudantil Liberdade foi a primeira chapa a se inscrever nessas eleições e somos a única chapa não vinculada com partidos/grupos de esquerda. 

Somos um grupo que defende a EXCELÊNCIA ACADÊMICA, o MÉRITO e o Movimento Estudantil de RESULTADOS, com busca de benefícios concretos para os estudantes. 

Assim, nossa missão é representar os estudantes através da defesa da excelência acadêmica e da eficiência em projetos que tenham como foco prioritário a própria comunidade universitária, por isso, entre outras propostas, defendemos:

- Cartão TRI Gratuito – TRI como direito e não como imposto.
- Mais segurança nos Campi – Brigada Militar na UFRGS Já!
- Fim da fila nos RUs – Compra de créditos vale-refeição no Cartão da UFRGS.

Venha conhecer a nossa chapa e as nossas propostas!

domingo, 11 de novembro de 2012

Ingerência da Reitoria ameaça eleições pelo Portal do Aluno


O Diretório Central dos Estudantes da UFRGS (DCE/UFRGS) não ocupou a maioria das vagas de representação discente durante o ano de 2012, inclusive muitos de seus representantes, eleitos em 2011, foram cassados por falta de assiduidade. Frente a esse fato, um grupo de 26 Diretórios e Centros Acadêmicos, temendo que a situação se repetisse em relação à convocação das eleições deste ano, auto-convocou uma reunião do Conselho de Entidades de Base do DCE (CEB).

O CEB auto-convocado foi realizado no dia 04 de Outubro e contou com a participação de 23 Diretórios e Centros Acadêmicos, de alguns integrantes da Diretoria Executiva do DCE e da UNE, na ilustre presença de seu Presidente, Daniel Iliescu (clique aqui para ver a fala do Presidente da UNE no CEB), além de Representantes da UEE-RS

Os membros do DCE presentes na reunião tentaram adiá-la, sugerindo uma alteração de data, porém foram voto vencido e retiraram-se. Na ocasião, foi decido pela realização das eleições através do Portal do Aluno.

Todavia, no dia 09 de Outubro, ocorreu outro CEB, desta vez convocado pela atual gestão do DCE, que então indicou uma nova comissão eleitoral, o que representa uma tumultuação no processo, em virtude da duplicidade de comissões eleitorais, tal qual ocorreu durante as eleições de 2010.

Porém, a despeito de qualquer discussão relativa às comissões, este grupo sempre manteve uma postura a favor das eleições através do Portal do Aluno, sistema no qual os estudantes podem votar com agilidade, segurança e longe do assédio moral dos grupos políticos que costumam fazer boca-de-urna, intimidando aqueles que não concordam com suas propostas. Assim, esperávamos que, longe da disputa política e adotando uma posição imparcial, as comissões eleitorais convergissem no ponto relativo ao sistema de votação, porém não é isso que está acontecendo e, mais que isso, não está acontecendo por interferência partidária.

Um velho conhecido do Movimento Estudantil da UFRGS é o “atual” Secretário de Assistência Estudantil da UFRGS (SAE/UFRGS), Ângelo Ronaldo Pereira da Silva, que esteve no cargo uns anos atrás, sendo depois “promovido” à Vice-Pró-Reitor de Extensão e, posteriormente, indo para Brasília atuar como Assessor Especial da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, cargo de confiança do ligado ao PT, e chegou a Coordenador-Geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança Alimentar e Nutricional, cargo do qual foi exonerado em setembro deste ano. Agora, de volta à estaca zero, tem demonstrado que não mudou em nada seu modus operandi, favorecendo o grupo da atual gestão do DCE da UFRGS em detrimento aos demais estudantes.

O Portal do Aluno já é validado e usado em diversas eleições no âmbito universitário, inclusive para os processos de escolha dos Diretores de Unidades e Representantes Docentes nos Conselhos e Câmaras Superiores da UFRGS, não há motivos para que ele não seja utilizado também no pleito dos discentes, porém esta possibilidade acabou sendo minada pela interferência do Secretário da SAE, que em recente entrevista para a Zero Hora (clique aqui para ler a notícia) se colocou no papel de mediador, quando na verdade há indícios que apontam o contrário, ou seja, uma parcialidade em favor de um dos grupos. No maior ato de intervenção desde a ditadura militar, Ângelo “sentou em cima” da solicitação do Sistema de votação do Portal da UFRGS por quase 30 dias, para depois negar ao Movimento Estudantil o direito de ter uma eleição limpa através da eficiência do sistema digital da UFRGS.

Lembramos que não é a primeira vez que tal demonstração de parcialidade ocorre. Em 2006, durante o primeiro mandato de Ângelo na SAE, um indivíduo ligado ao grupo da Gestão do DCE realizou pichações em um prédio da Universidade e, ao invés de buscar a devida responsabilização, o Secretário buscou minimizar e justificar o ocorrido, mesmo contrariando a direção do prédio vandalizado, que sequer foi ouvida por ele (clique aqui para ler a notícia).

O questionamento final de tudo isso acaba sendo: Quem é o responsável por essa situação?

Ora, o verdadeiro responsável pelo movimento estudantil da UFRGS ser apenas um bando militantes de partidos políticos brigando pelo dinheiro dos cartões TRI é nosso Magnífico Reitor, que durante as eleições para a Reitoria deste ano passou nas salas de aula criticando os baderneiros que impediram um debate (clique aqui para ler a notícia), mas depois de eleito colabora para eles se perpetuem no DCE da UFRGS, inclusive nomeando, para o cargo de Secretário de Assistência Estudantil, um indivíduo que não demonstra ter a devida imparcialidade para mediar esse tipo de conflito.

Por fim, repudiamos a ingerência da Reitoria, através da Secretaria de Assistência Estudantil, no processo eleitoral para o DCE da UFRGS e, novamente, manifestamos o apoio às eleições através do Portal do Aluno e esperamos que a situação entre as duas comissões eleitorais seja harmonizada e que essas eleições tenham como foco principal a apresentação de propostas em prol dos estudantes e não a discussão de picuinhas entre os diversos grupos envolvidos no pleito.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Os erros de Eric Hobsbawm: uma contabilidade de mortes

Por Flávio Morgenstern
hobsbawm Os erros de Eric Hobsbawm: uma contabilidade de mortes
Sempre prestamos nossa homenagem aos falecidos e não tripudiamos sobre a morte alheia (a não ser em estrito cumprimento ao dever). Morreu nesse 1.º de outubro o historiador comunista Eric Hobsbawm. Considerado por muitos como o maior historiador do século – sobretudo por aqueles que desconhecem qualquer outro historiador.
Eric Hobsbawm é conhecido por sua obra A Era dos Extremos, que alega ser uma síntese do séc. XX. Faz parte de uma série de livros cujos títulos parecem espremer tudo o que é preciso ler sobre a realidade histórica em suas páginas (para alegria dos preguiçosos bibliofóbicos das universidades de Humanas brasileiras): Era das Revoluções, Era do Capital, Era dos Impérios, Era dos Extremos.
Estes cartapácios foram responsáveis pelo erro fundamental de análise do capitalismo do séc. XX como “imperialismo” – o termo originalmente designa a sanha de poder de um Estado usando a força militar para sua expansão territorial, e foi justamente o capitalismo que acabou com as eras (em sentido etimológico, i. e., dois mil anos) de imperialismo, em que todas as guerras eram disputas territoriais. Com o advento de um mercado de massas, passou a ser muito mais interessante trocar mercadorias com o seu vizinho e ambos enriquecerem no processo de trocas livres (mostrando o erro do jogo de soma zero do marxismo) do que disputar militarmente pelo controle territorial de uma região pelo Estado, quando o mercado permite o livre trânsito em paz.
Foi a ascensão triunfal do capitalismo que trouxe a paz à Europa. É difícil perguntar a um historiador quantas guerras afligiram apenas os maiores países da Europa Ocidental entre os últimos 3 séculos antes do século XX e ele responder de cabeça (perdemos a oportunidade de aplicar o teste a Hobsbawm). A partir do séc. XX, as únicas guerras que atingiram inimigos mortais como Inglaterra e França, foram deflagradas contra totalitarismos contrários ao mercado livre do Estado, unindo ambas contra o expansionismo alemão anti-liberal, aliado a outros estatismos ferozes e centralizadores como o fascismo italiano e o franquismo.
Era assim que a Europa era descrita por Bocage (1765-1805), em seu Soneto do Membro Monstruoso (sic)  – recomenda-se a leitura ao som dos fortes acordes de Kenny G:
Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor;
E assombrado d’espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás;
A espada do membrudo Ferrabraz
Decerto não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz
Foi chegar a “Era dos Extremos”, que Eric Hobsbawm critica, e vemos, exatamente ao contráriode suas previsões, o surgimento de blocos econômicos comuns buscando o livre comércio e a integração cultural e comercial. A “amotinada Europa” viu-se unida não por um porraz hirto e veiudo, mas pelo comércio livre entre povos – a liberdade econômica que é nêmesis horrivelmente horrorosa dos comunistas e demais planejadores centralizantes.
A isso historiadores stalinistas capitaneados por Hobsbawm, que posteriormente passaram um Photoshop em sua própria história para se considerarem apenas marxistas, deram o nome de “imperialismo”, invertendo e imiscuindo conceitos sem rigor científico uns nos outros. Perguntando-se a qualquer universitário doutrinado na falsificação da realidade da historiografia marxista e de obras como “Era dos Impérios” sobre um exemplo de país imperialista, a resposta, em  102% dos casos, virá de pronto: os Estados Unidos da América.
hobsbawm eric 253x338 Os erros de Eric Hobsbawm: uma contabilidade de mortesCuriosamente, se mostrarmos um mapa-mundi de 1917 para uma criança ou um alienígena, com EUA em seu canto e a Rússia beirando a Revolução no outro, e depois um mapa-mundi de 1968, ano da Primavera de Praga, em que apenas o marechal Josip Tito havia saído do bloco soviético e rompido com Stalin, mostrando novamente o tamanho dos EUA e o da agora União Soviética após duas guerras mundiais, e perguntássemos qual país no mundo é imperialista, a resposta seria óbvia. Nem se poderia notar um centímetro de avanço territorial americano, contra uma enxurrada de invasões, repatriações e até criação de países ad hoc como a Tchecoslováquia.
Entretanto, essa realidade óbvia passa a se tornar invisível, numa negação fulminante e raivosa da realidade, pelo revisionismo esquerdista de Hobsbawm e seus asseclas, que nunca se preocuparam em chamar de “imperialista” o país que mais invadiu, matou e tentou criar um império global através do Comintern no séc. XX. Hobsbawm, judeu de ascendência austríaca, vê em Israel uma nação “imperialista”, e por isso negou-se certa vez a tomar um vôo que fazia escala em Tel Aviv. Para ele, o melhor é jogar uma bomba atômica em Israel. Em sua simples questão aritmética, é melhor matar cinco milhões de judeus do que “ver uma superpotência nuclear matar duzentos milhões de pessoas”. Um Goebbels de esquerda é sempre aceito na Academia cum lauda.
Também é colocando o marxismo como verdade fundamental e escolhendo aspectos da realidade que merecem comentários (apenas aqueles que confirmem a fé socialista, jogando os outros dados da realidade na “lata de lixo da História”, como o bordão de Trotsky) que Eric Hobsbawm usa de um vasto arcabouço cultural para afirmar bobagens sobre, por exemplo, a fome na África e nos próprios países asiáticos assolados por um passado comunista como culpa do… capitalismo, que causou a primeira riqueza de massas (não só para o Estado) na História, ao contrário do brutal totalitarismo que defende (uma das teses risíveis de Era do Capital).
eric hobsbawm 271x300 Os erros de Eric Hobsbawm: uma contabilidade de mortesA linguagem se torna assim uma “arena de ações políticas”, em que “aqueles que definem, criam”, trocando-se a análise histórica por um jogo de invenções de cacoetes simbólicos, como a “burguesia” e o “proletariado” – que, como Donald Sassoon explica, foram classes inventadas pelos primeiros socialistas, tornando-se conceitos tratados como verdades absolutas e óbvias até hoje. Entretanto, mesmo o historiador marxista E. P. Thompson constatou ser impossível distinguir proletário e burguesia por critérios econômicos – ora, se burgos são cidades comerciais em rotas de viajantes, como é possível chamar de “burguesia” a classe média brasileira (aquela que o PT definiu que é “classe média alta” se a família ganha a partir de R$ 1021,00 por mês), confundindo também a burguesia com a elite, sendo que aqueles que trabalham com comércio no país têm ganhos irrisórios, comparados àqueles que trabalham para o Estado? O que garante o futuro e a ascensão econômica no Brasil: abrir uma barraquinha de pastel ou prestar concurso público?  É outra realidade que os fãs de Hobsbawm passam a negar espavoridamente estudando o mestre.
Sem nenhum rigor lógico, e apenas escolhendo o que da História confirma suas teses utópicas, confundindo conceitos que é incapaz de definir impermeavelmente até nos títulos de seus livros, não é estranho que Hobsbawm seja autor de frases absolutamente bizarras como ”guerras são apenas instrumentos capitalistas”, “concordo que só existe socialismo ou barbárie e o séc. XXI será o século decisivo nesta luta” e que Lula “ajudou a mudar o equilíbrio do mundo”. Hobsbawm acreditava que Lula era o mais importante representante do marxismo no mundo hoje, e dizia ter uma “admiração ilimitada” por ele.
Coincidentemente a essa data, a última revista Dicta & Contradicta (leitura obrigatória para quem gosta de cultura, literatura, filosofia, política ou… qualquer coisa) traz um artigo do autor britânico David Pryce-Jones desmascarando mais algumas farsas do falsificador histórico stalinista.
Entre vertiginosas análises da vida de Hobsbawm, seu método é explicado:
Hobsbawm é sem dúvida inteligente e engenhoso; é capaz de manusear com facilidade as ferramentas de trabalho do historiador: pesquisar arquivos e fontes primárias e ser o mais objetivo possível no tema que tem às mãos. Um historiador marxista, porém, não pode seguir tais princípios; deve propor perguntas a respostas já dadas. Seu estudo orienta-se pela obrigação de provas que os dogmas, teorias, especulações, gostos e repulsas de Karl Marx são confirmados em todas as sociedades em todas as épocas. A historiografia marxista nada mais é que um longo juízo de valores a priori que elimina necessariamente tudo o que não lhe dê sustentação.
Pryce-Jones não poderia mostrar os erros de A Era dos Extremos sem escrever outro livro de 627 páginas. Mas destaca alguns pontos curiosos, que aparentemente nunca foram questionados por seus ídolos, que também costumam propor perguntas a respostas já dadas em seus livros. O livro:
- Não menciona o armamento secreto da Alemanha promovido pelos soviéticos durante o entreguerra;
- “Esquece” o quanto Hitler aprendeu com Lenin e Stalin a estratégia da violência (confirmado nos próprios escritos políticos do ditador austríaco). Parece ter uma noção inconsciente disso, por sumir com menções a Treblinka ou Auschwitz, além de outros campos de concentração posteriormente usados pela própria Alemanha Oriental. “P leitor deve ser poupado de qualquer coisa que possa conduzi-lo à equação bastante aceita dos sistemas totalitários semelhantes”.
eric hobsbawm 220x300 Os erros de Eric Hobsbawm: uma contabilidade de mortes- Não traz nenhuma menção a Beria (vide sua história violenta e sua majestosa e cinematográfica queda em Ascensão e Queda do Comunismo, de Archie Brown), à polícia secreta NKVD (e o medo que ela provoca em Sussurros, de Orlando Figes), nenhuma análise do trabalho escravo nem da grande fome projetada na Ucrânia para roubar e matar camponeses infelizes. A única vítima do gulag a se rnomeada é Nikolai Vavilov. Sobre  Alexander Solzhenitsyn, autor de Arquipélago Gulag, considerado por qualquer um de seus leitores como o mais importante livro de não-ficção do século, Hobsbawm diz com um desdém particularmente hediondo que sua carreira de escritor foi “firmada pelo sistema” (Solzhenitsyn recusou-se a receber o Prêmio Nobel em Estocolmo por saber que não conseguiria voltar à União Soviética e criticar o sistema de dentro, e só emigrou para os EUA quando percebeu que, apesar da fama internacional, iria ser assassinado a qualquer momento).
- Defende Stalin, até mesmo seu Pacto com Hitler, que marcou “a recusa da URSS em continuar opondo-se a Hitler” (sic). A invasão dos países bálticos é apresentada por Hobsbawm sob o típico desdém marxista por pequenas nações. A Finlândia também sofreria com a URSS alguns meses depois.
- Também afirma que Stalin “modernizou” a Rússia (sem  citar quanto trabalho escravo foi necessário para a construção de obras como o Canal do Mar Branco, cantado em canções e poesias como um canal de concreto sobre o cemitério dos que morreram de inanição, frio e trabalho até a morte na sua construção, ou mesmo construindo as próprias cidades do gulagcomo Kolyma ou Norilsk. Mesmo um escritor stalinista ortodoxo como Alexandr Tvadorvsky, que reiteradamente renunciou à família em nome do Partido, quando o próprio irmão morreu sem se saber exatamente onde na construção do canal (elogiado por Gorki em um livro escrito às pressas), lamentou com peso na consciência:
O que é você, irmão?
Como está você, irmão?
Onde está você, irmão?
Em qual Belomorkanal?
(Irmãos, 1933)
Enquanto intelectuais abastados como Hobsbawm rendiam loas à União Soviética stalinista, havia canções rimadas (chastushki) em que os russos falavam sobre o trabalho escravo soviético:
O Plano Quinquenal, o Plano Quinquenal
O Plano Quinquenal em dez.
Não vou para a kholkhoz;
Na kholkhoz não há pão!
(kholkhoz eram as fazendas coletivas, modelo de socialismo mundial até hoje, que obrigaram a União Soviética a viver com 4 kg de salsichas e 2 pedaços de sabão por mês – para funcionários do Partido)
Eric Hobsbawm, como exemplo da maravilhosa explicação de Alain Besançon sobre a memória lembrar do nazismo, mas esquecer completamente as atrocidades do comunismo, acreditava que, sob Mao Zedong, “o povo chinês ia bem”, já que havia mais matrículas na escola. Como demonstra bem Pryce-Jones, o pensamento de Hobsbawm é o de que “a desumanidade nunca é desumana quando serve ao comunismo, mesmo que a realidade o estivesse destruindo”.
Mas seu grande momento se deu em 1994 (relatado pelo historiador Robert Conquest), quando  Michael Ignatieff – então jornalista político, mas depois presidente do Partido Liberal do Canadã – entrevistou Hobsbawm para a BBC:
Segundo o historiador, o Grande Terror de Stalin [mais de 20 milhões de mortos apenas na principal de três ondas, fora outros milhões de mortes fora dos Expurgos] teria valido a pena caso tivesse resultado na revolução mundial. Ignatieff replicou essa afirmação com a seguinte pergunta: “Então a morte de 15, 20 milhões de pessoas estaria justificada caso fizesse nascer o amanhã radiante?” Hobsbawm respondeu com uma só palavra: “Sim”.
Essa é a pessoa que dominou a visão histórica a partir da segunda metade do século passado. É o “pensador crítico” dos últimos tempos. Uma análise do expansionismo alemão desde Bismark até o Terceiro Reich lendo-se apenas historiadores neonazistas seria considerada pura falsificação e eombromação falseadora. Ainda hoje lemos sobre “A era dos extremos”, “dos Impérios” e “do Capital” apenas pela visão de um stalinista, que perdeu a coragem de dizer o quanto defende um totalitarismo quando precisa usar mais do que três letras
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