Videoteca da UFRGS, Campus do Vale |
O DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade esteve junto com a Chapa 3 – DCE de Verdade, a pedido deste grupo, nas eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS que ocorreram no ano passado, auxiliando na campanha (através da distribuição de panfletos, afixação de cartazes e disponibilização de mesários) e na fundamentação ideológica do grupo (cerca de 90% das propostas da Chapa 3 são propostas históricas do MEL). Assim, com a vitória deste grupo político no pleito, temos uma forte ligação com a atual Gestão do DCE da UFRGS, porém apoiar, para nós, não significa coadunar com todas as ações dos gestores da entidade. Fazemos um apoio crítico, elogiando e ovacionando aquilo que vem em benefício aos estudantes, bem como, repreendendo e cobrando ações em relação àquilo que prejudica a comunidade acadêmica.
Assim, lamentamos profundamente a decisão tomada pela direção do DCE/UFRGS em relação à videoteca do Campus do Vale, no sentido de cessar os serviços que vem sendo prestados aos estudantes, faz 16 anos, pelo empresário Filipe Petrusch. Vemos a videoteca como uma opção de conhecimento e entretenimento a baixo custo para a comunidade acadêmica. Com um acervo de cerca de 5 mil filmes e preço de locação em torno de R$1,50, o serviço, que é bastante procurado, se tornou essencial e faz parte do cotidiano da Universidade.
Integrantes do Coletivo Pipoka - Cinema Popular Itinerante ocuparam a videoteca para impedir o despejo e a liquidação do acervo. |
Ao tomar a decisão, no meio das férias, sem consultar os estudantes, de expulsar a Videoteca, a atual Gestão do DCE/UFRGS agiu de forma patrimonialista e isso foi um desrespeito com a comunidade da UFRGS. O que se vê é uma espécie de perseguição política que não deveria ter espaço dentro do movimento estudantil universitário. Em todos esses anos de funcionamento, nenhuma gestão anterior do DCE teve qualquer tipo de atrito com a locadora de vídeos. Aliás, o próprio Movimento Estudantil Liberdade, quando capitaneou o DCE/UFRGS, na Gestão 2009/2010, teve uma postura de diálogo com as videotecas do centro, saúde e vale (clique aqui para mais informações) e nunca tentou retirar esse serviço dos estudantes.
A própria Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em matéria publicada no Jornal da Universidade (clique aqui para acessar a matéria), reconheceu a importância das Videotecas para a comunidade da UFRGS e expressou que elas “têm um acervo diferenciado em relação às locadoras convencionais e constituem uma fonte barata de entretenimento e conhecimento, além de complementar a formação acadêmica.”.
A desculpa dada pela atual Gestão do DCE/UFRGS, de que a videoteca estaria ocupando um espaço ilegalmente (clique aqui para ler a nota do DCE), também não é pertinente, pois o espaço ocupado pelo serviço pertence ao Departamento de Projetos e Obras da UFRGS (Prédio 43.606) e não se comunica com a área de competência do DCE, onde se localiza a Sede da entidade no Campus do Vale, seja por portas ou corredores. Dessa forma, caberia à Administração Central da UFRGS, e não ao DCE!, se manifestar sobre qualquer, em tese, irregularidade que porventura estivesse ocorrendo naquele espaço.
A justificativa, dada pela atual Gestão do DCE/UFRGS, de que a necessidade de desocupação daquele espaço adviria da necessidade de um espaço para alocação de um Posto de Recarga do Cartão TRI no Campus do Vale também não é razoável, pois o DCE/UFRGS dispõe de um espaço, hoje fechado e sem uso, logo ao lado da videoteca, onde poderia, sem maiores problemas, instalar o referido Posto de Recarga.
Em razão de tudo isso que aqui expressamos, o DCE Livre – Movimento Estudantil Liberdade, manifesta que, no presente caso, a Gestão do DCE/UFRGS agiu de forma arbitrária, colocando os interesses dos estudantes de lado por motivos obscuros que desconhecemos e não podemos precisar o que há por trás disso. Houve falta de vontade política e algo mais em toda essa querela.
Por fim, entendemos que a Diretoria Executiva do DCE/UFRGS deve reconhecer que, ao tomar uma decisão unilateral, criou um problema que esta prejudicando muitos estudantes. O DCE/UFRGS deve suspender temporariamente a decisão e abrir um canal de diálogo em conjunto com os gestores da videoteca, para buscar um caminho que não prejudique a comunidade acadêmica.
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