A UFRGS conta atualmente com 5 restaurantes universitários, nos Campi Centro, Saúde, Vale, ESEF e na Faculdade de Agronomia, que tem por finalidade o preparo e distribuição de refeições ao corpo discente, docente e técnico administrativo da universidade.
As refeições são servidas ao preço de R$1,30 para os estudantes em geral e R$0,50 para os alunos carentes, principais usuários.
Com a greve dos servidores, os RUs deixaram de funcionar, apesar de ser um serviço essencial para os discentes, visto que muitos continuam tendo aula, pois não houve adesão dos Docentes à greve.
Coordenador de Movimento Estudantil do DCE UFRGS ex-Assistente Parlamentar da Bancada do PSOL/PoA |
Outros justificam o apoio ao fechamento dos RUs como forma de pressionar o Governo Federal, ou seja, usam-se da fome dos estudantes para promover as bandeiras de seus partidos políticos.
Há na História um referencial para tal ato, que foi o que ocorreu na Ucrânia entre 1932-1933 e ficou conhecido como Holodomor, quando milhões de pessoas morreram de fome por conta da política esquerdista naquele país.
É inaceitável que se promova fome entre os estudantes com qualquer que seja o objetivo. É uma atitude desumana e que fere a dignidade de todo o corpo discente da Universidade. Apesar disso, a posição dos grevistas é de que “se a greve não for danosa ela não tem efeito”.
Não estamos questionando o direito de greve e nem o teor das reivindicações dos grevistas, mas o atendimento de um serviço imprescindível, uma vez que consta na Lei de Greve (Lei 7.783/89) a obrigatoriedade da manutenção da prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade (art. 11), constituindo abuso do direito de greve a sua inobservância (art. 14).
Ninguém tem dúvidas de que a alimentação é uma necessidade indispensável.
Assim, deploramos e repudiamos a atitude da atual Gestão do DCE da UFRGS, que mais uma vez se posiciona contra os estudantes ao ser favorável à manutenção do fechamento dos RUs por parte dos grevistas.
Além da exploração do chapéu, bolso ou fome alheia, a falha é principalmente uma questão de falta de inteligência ou foco. Não se deveria tratar de fazer uma mítica greve ou assembléia porque é por si só bonito fazer greve ou assembléia. O objetivo é pressionar o governo federal para o atendimento de reivindicações legítimas. Então, pode-se parar o que interessa o governo federal e continuar com o que não importa ao governo. Se o governo, como pintam, é feio, bobo e malvado e por isso não investe direito na educação, a greve burra é uma forma de agradar mais do que pressionar o governo.
ResponderExcluirEntão, deveriam as instituições federais de ensino superior superar o jargão e cacoetes de esquerda vermelha do século passado e trocar greve por pressão, assembléia por consulta (e se for para fazer assembléia, que seja direito, com pauta clara, no horário, em lugar onde ao menos caiba todo mundo, com atrações além do discurso inflamado ou aborrecido dos assembleístas de costume...).
Em lugar de fingir que cruzam os baços, alunos e professores das instituições federais de ensino superior deveriam se concentrar em fazer uma como que operação padrão de cidadania fiscalizatória, usando de toda a (ao menos suposta...) experteza acadêmica chamar a atenção para as falhas do governo supostamente feio, bobo e malvado. No lugar disso se ficam regozijando com quorum ridículo em assembleias perdidas que decidem greves de faz de conta - na UFRGS a greve é de faz de conta até na FacEd, pois hoje mesmo tive uma prova, e muito mais "lenda urbana" fora dela, pois na EsEF nem a biblioteca fechou, embora feche mais cedo e ainda tenha a cara de pau de cobrar multa mesmo o horário para entrega dos livros não fechando com os horários que alguns alunos lá tem aula, como no meu caso.