As eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, no ano de 2011, a segunda realizada através do Sistema de Eleições do Portal do Aluno, foi marcada pelos recordes em números absolutos e pela consolidação de grupos políticos da UFRGS.
Clique na imagem para ampliar |
A situação, representada pelas chapas 1 e 5, teve sua mais alta votação dos últimos 6 anos, com 2.886 votos, representando um total de 54,66% dos votos. A direita, representada pelas chapas 2 e 4 também bateu seu recorde histórico, atingindo a marca de 1836 votos, todavia sua participação de 34,77% do eleitorado foi inferior aquela obtida no ano de 2009, quando com um percentual de participação de 34,82% foi eleita para a Direção do DCE. (a imagem ao lado representa o percentual de participação dos grupos políticos através das médias dos últimos 6 anos).
A participação dos estudantes também foi maciça, com 5.363 votantes, o que representa 21,96% dos 24.417 estudantes aptos a votar, as eleições deste ano foram a com maior número de votantes da história da UFRGS, no que vale lembrar que parte do aumento da participação dos estudantes se deveu à implementação da votação através do Portal do Aluno, proposta defendida pela Chapa 4.
Na contramão dos resultados, a chapa 3, representada por grupos ligados ao PT, teve sua segunda menor votação dos últimos 6 anos, obtendo meros 558 votos.
Da análise dos resultados também pode-se dizer que, da mesma forma como a direita ganhou em 2009 em virtude de um racha nas chapas de situação de esquerda, nesse ano a direita deixou de ganhar as eleições em razão de um racha ocorrido em seus grupos, grande parte motivada pela intolerância manifestada no grupo formado pela chapa 2.
Clique na imagem para ampliar |
Outra tendência que mais uma vez se fez presente foi a alocação de votos entre as chapas de esquerda da situação (1 e 5) e do PT (3). Ocorre que um grupo de alunos tende a votar na chapa de orientação de esquerda que demonstre mais chances de ganhar as eleições, independente da proposta manifestada pela mesma, isto faz com que, desde 2006, o PT não chegue sequer aos 1000 votos.
O grupo menos representativo foi a Chapa 2, que concentrou mais de 80% de seu eleitorado em apenas 5 cursos. O grupo, tradicionalmente apoiado pela Medicina, este ano, devido à sua campanha agressiva, foi repudiado e obteve apenas 4 votos naquele curso, ficando apenas à frente da chapa 3, que obteve 1 voto entre os estudantes de Medicina.
Outro fato infelizmente verificado nesta eleição foi o uso de militantes de fora da UFRGS para fazer campanha para as chapas e coagir estudantes. Característica notadamente presente nos grupos de esquerda, este ano foi utilizada pela Chapa 2, que trouxe indivíduos ligados à UEE e ao DCE da PUC para fazer campanha dentro da Universidade, o que é expressamente proibido pelo Regimento Eleitoral.
Outro triste episódio foi o uso de cola, por parte da Chapa 2, para fixação de seus cartazes, mais uma prática esquerdista que foi adotada pelo grupo.
Vale lembrar o caso da homonímia entre as chapas 2 e 4. A Chapa 4 DCE Livre: O Estudante em 1º lugar! foi composta pelos fundadores e membros históricos do Movimento Estudantil Liberdade (MEL), que historicamente tem utilizado o nome “DCE Livre” em suas chapas. Ainda, nestas eleições, foi o primeiro grupo a se registrar com esse nome. Por outro lado, apesar de não possuir vínculos com o MEL, e inclusive afirmar em debates que “O MEL é passado”, o grupo da Chapa 2 utilizou o mesmo nome como forma de confundir os eleitores, no que obteve êxito, pois, ao contrário da Chapa 4, a chapa 2 possuía apoio partidário, o que lhe garantiu subsídio para confecção de muitos materiais de campanha.
Por fim, o resultado dessas eleições representa uma conquista para a Chapa 4, que aumentou em mais de 60% seu eleitorado e, ainda, foi considerada como a chapa que decidiu as eleições. A chapa 4 foi a única chapa desvinculada de partidos políticos, bem como, sempre buscou fazer uma campanha limpa e honesta, sendo por isso reconhecida entre os estudantes da UFRGS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário