Vamos falar sério (só um pouco).
Não é segredo para ninguém (até para os que fingem acreditar o contrário) que o movimento estudantil brasileiro é aparelhado por partidos.
Não estamos acusando as pessoas envolvidas nele de corrupção (mas também não colocamos a mão no fogo), apenas os acusamos de servir como instrumentos de partidos de esquerda e extrema-esquerda, que não encontram representatividade no meio da população (não é a toa que todos têm traço nas pesquisas eleitorais e não vencem nem uma enquete do Facebook).
Ao invés de se preocupar com questões do dia a dia e trabalharem em conjunto com as autoridades universitárias, preferem tentar impor agendas ultrapassadas, baseadas na velha "luta de classes".
Marchas, ocupações, embates, nada disso faz parte do cotidiano de 90% dos matriculados em qualquer universidade do Brasil.
Cartas de apoio ao MST, ligações carnais com políticos, sindicatos e entidades que recebem verbas federais como a UNE, manifestações de repúdio aos Estados Unidos, ao capitalismo, ao "sistema" e até à lei da gravidade não são preocupações dessa maioria silenciosa e que nem se faz notar ou representar no meio da gritaria da minoria festiva.
Dessa forma, o movimento estudantil não representa o universo dos estudantes das universidades.
Basta observar o que ocorreu na USP, onde mais ou menos 300 pessoas conseguiram tumultuar o ambiente universitário, invadir prédios, depredar patrimônio público, causar prejuízos, descumprir uma ordem judicial, dominar manchetes de jornal e fazer parecer que estas 300 representavam de alguma forma os 80 mil (isto mesmo, oitenta mil) matriculados naquela instituição.
Não. Não representam.
E não nos representam.
De uma brincadeira no Facebook surgiu o Partido dos Porcos Capitalistas, que ironizava (pelo exagero) o discurso dos comunistas de shopping center.
Se eles querem ser Che Guevara, nós queremos ser o Rockfeller. Se eles querem ocupar praças, nós preferimos ocupar algum resort de luxo na beira da praia. Se eles querem distribuir a riqueza (dos outros, é claro), nós queremos é que todos sejam ricos. Se eles não ligam para os pombos que bebem água nos bebedouros da nossa universidade, nós queremos bebedouros com Coca-Cola.
E assim a brincadeira ficou séria, sem jamais deixar de ser brincadeira. E o PPC virou a chapa UNIRIO Livre, que é composta por pessoas de fora do movimento estudantil organizado, pessoas que como os 80 mil da USP ou os 90% de qualquer universidade não estão preocupadas com nada além de um ensino digno, instalações decentes, boa relação entre a universidade e seus alunos e oportunidades iguais para todos.
Meritocracia, livre iniciativa, liberdade de pensamento, não ao marxismo farofeiro, contra esta hegemonia de pensamento esquerdista que sequestrou o ambiente universitário, amordaçou a academia e transformou o ideal de uma "zona livre de idéias" num engodo.
Por isso resolvemos nos chamar UNIRIO Livre.
Livre da partidarização asfixiante.
Livre de compromissos com entidades que apenas servem de esteio ao oficialismo.
Livre do estigma ideológico imposto à classe média, a quem trabalha e a quem pensa diferente.
Livre da patrulha do pensamento.
Livre do combate sistemático às idéias divergentes.
Livre do monopólio do debate.
Livre da hegemonia esquerdóide.
Cientes de que só o livre pensamento forma homens e mulheres capazes de exigir o melhor para si e para o país, de que a universidade não é um fim em si mesmo, mas um ambiente de formação de pessoas, de uma elite intelectual que não pode se fechar ao que se passa fora das salas de aula, contudo, para desenvolver esse papel de formação crítica do cidadão precisa PRIMEIRO funcionar de maneira efetiva, é que nos apresentamos agora e pedimos para que nos ajude a tirar a poeira do nosso DCE.
Dizem que não levamos o DCE a sério, mas na verdade são eles que se levam a sério demais.
UNIRIO Livre
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