segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Lição do DCE da UFRGS

Por Thiago Duarte*

Se alguém tinha alguma dúvida sobre a legalidade das ações do Bloco de Lutas, comandando invasões, depredações do patrimônio público-privado, espalhando o terror e o vandalismo pelas ruas das cidades de todo o país, depois do resultado das eleições do Diretório Central de Estudantes (DCE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o maior do Estado, começa a ter a certeza do mal que as atitudes dos seus integrantes fazem à sociedade. Em nome de uma causa com princípios altamente positivos que é a redução das tarifas e a melhoria na qualidade do transporte público, grupos comandados por facções políticas e com puro interesse eleitoreiro executavam ao "bel" prazer seus planos de ações aos olhos atentos da população, da polícia e das câmeras de televisão. A resposta nas urnas do DCE da UFRGS, onde os grupos comandados por integrantes do Bloco, que detinha o poder, amargou uma expressiva derrota, pelo voto direto de estudantes que não concordaram com quem os representava. O uso da força e o emprego do vandalismo nas manifestações públicas não se enquadram nos princípios brasileiros. Os próprios estudantes, que tem nas mãos o futuro de uma nação, cortaram o mal pela raiz, evitando que a idiossincrasia continuasse.

A Câmara foi vitima do vandalismo e da radicalização deste movimento partidário hospedado num bloco de lutas e não precisou abrir fogo ou usar de violência contra os manifestantes que esperavam uma ação radical da Presidência da Casa para conseguirem um mártir. Durante sete dias estudamos os movimentos dos baderneiros que de todas as formas tentavam manipular um grupo de manifestantes com o apoio de vereadores da casa, espalhando ódio, terror e provocação. De forma democrática e buscando nossos direitos retomamos a Casa do povo por meio de reintegração judicial.

Enfim, o rotundo NÃO das urnas, dado pelos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mostra que ninguém é "bobo" e que não pode ser enganado o tempo inteiro, as pessoas estão atentas, ligadas às redes sociais e formando seu próprio juízo e opinião. Não às invasões, não aos incêndios e depredações às lixeiras, fachadas, veículos de transporte público. Não ao radicalismo, e não ao estilo agressivo de resolver as coisas. Não deu certo. Tentaram fazer escola e perderam na sala de aula.


*THIAGO DUARTE é Médico formado pela UFRGS, Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre.

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