No momento em que diversas universidades pelo país estão em greve, a UFRGS é uma das poucas que ainda não aderiu à paralisação. Porém, a Associação dos Servidores da UFRGS (ASSURGS) já aprovou a deflagração de greve¹ para o próximo dia 11, bem como, a ADUFRGS, que representa os docentes, noticiou o indicativo de greve² para o próximo dia 15 (coincidentemente, um dia após as eleições para Reitor).
Entendemos que as reivindicações dos técnico-administrativos e dos docentes são válidas e que o profissional de ensino superior precisa ser valorizado. Todavia, devemos ponderar que, no caso da UFRGS, a greve é inoportuna, uma vez que estamos muito próximos do final do semestre letivo.
Uma greve, neste momento, não só acarretaria repudio aos grevistas e deslegitimação de sua causa por parte da grande maioria dos estudantes, como é discrepante com o próprio objeto da greve (que é a cessação coletiva e voluntária do trabalho), pois a Universidade acabaria ficando parada no período de férias, quando já se prevê que grande parte dos servidores cesse seus trabalhos.
Ainda, na esteira da greve, há quem tente se aproveitar da situação com o objetivo de angariar capital político, como é o caso do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, que propôs uma Assembléia Geral dos Estudantes para a próxima segunda-feira (11), com o objetivo de aprovar uma impensável greve³ estudantil, que só causará prejuízo à todos nós.
Por isso, o DCE Livre, grupo de oposição ao atual DCE da UFRGS, está encabeçando o Movimento Contra a Greve na UFRGS e à Favor dos Estudantes.
Queremos estudar! Queremos aulas! E Queremos nosso direito de Férias!
Lembramos que uma greve agora não prejudicaria apenas essas férias, mas faria com que tivéssemos que repor aulas no Natal, no Ano Novo e em Janeiro, o que é inadmissível.
Além disso, como estamos no final do semestre, muitos alunos perderiam seus estágios, pois não haveria servidores para renovar os contratos.
Assim, convocamos todos os estudantes da UFRGS a comparecerem à Assembléia Geral dia 11, segunda-feira, às 10h da manhã no estacionamento da faculdade de direito, para dar um basta nisso e dizer Não à Greve. Já está na hora dos estudantes pegarem as rédeas da instituição que os representa, tomando a frente nas discussões e correndo com os militantes, que dizem se importar com a gente, mas estão interessados mesmo é em nos usar como massa de manobra para seus partidos políticos.
Não podemos mais ficar de braços cruzados, dia 11 é: Eu sou Estudante e não Militante! Aula Sim! Greve Não!
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